24/05/2016 às 16h10min - Atualizada em 24/05/2016 às 16h10min

Prefeitura admite sumiço de 3 mil doses de vacina H1N1

Ministério Público investiga possíveis falhas na campanha de imunização

- Correio do Estado

Balanço da campanha de vacinação contra a gripe atesta o sumiço de 3.166 vacinas contra H1N1, em Campo Grande. O dado, confirmado pela assessoria de imprensa da prefeitura, será alvo de sindicância interna na Secretaria Municipal de Saúde (Sesau). Indígenas e detentos ainda aguardam a imunização.

Em dez dias de campanha, a meta de vacinação teria sido superada ao atingir 93,59% dos grupos de risco que incluem crianças abaixo de cinco anos, gestantes, puérperas, idosos, portadores de doenças crônicas, profissionais da saúde e educação. O número supera 174.8 mil pessoas, ante a previsão de 144 mil.

Porém, houve dificuldade em se encontrar uma das 196 mil doses disponibilizadas pelo Ministério da Saúde. A prefeitura alegou ter recebido lotes com capacidade menor de aplicação, tanto que esta seria uma das justificativas analisada em sindicância instaurada pela Sesau.

No estoque, restariam dez mil doses destinadas a segunda aplicação nas crianças, além de oito mil voltada a imunização de indígenas, agentes prisionais e detentos. Os últimos recebem a visita de agentes de saúde a partir de 2 de junho.

EM FALTA

O Ministério Público Estadual (MPE) instaurou inquérito, nesta semana, para apurar a falta de vacinas contra a gripe na Capital. Foram encaminhados ofícios aos secretários estadual e municipal de Saúde, Nelson Tavares e Ivandro Fonseca. Ambos terão que explicar em cinco e três dias, respectivamente, a quantidade de doses disponibilizadas, a demanda de cobertura e se haverão novas remessas.

No Estado, ao menos 22 pessoas morreram em decorrência da gripe. A falta da vacina, conforme o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), se deu em decorrência de “secretaria [municipal] que não se atentou e resolveu vacinar todo mundo, com pessoas fora do grupo de risco”.


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