O Ministério da Justiça e Cidadania determinou a permanência da Força Nacional na região de conflito entre ruralistas e índios em Caarapó. A portaria foi publicada nesta quinta-feira (28) no Diário Oficial da União ampliando a permanência dos militares por mais 30 dias em Mato Grosso do Sul.
O pedido foi feito pelo governo do Estado em apoio à Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública para atender o município onde ocorre conflito entre índios e ruralistas que matou um índio e deixou outros 7 feridos.
O índio Cloudione Rodrigues Souza, de 26 anos, da etnia guarani-kaiowá, era agente de saúde indígena, e foi morto a tiros e, as sete pessoas feridas foram encaminhados a hospitais da região. Entre os feridos está uma criança de 12 anos que levou um tiro na barriga.
No Estado desde 23 de junho, a Força deverá permanecer até o dia 27 de agosto em apoio às atividades da Polícia Militar nos conflitos agrários envolvendo disputas territoriais.
Segundo a portaria, o objetivo da atuação dos militares é “garantir a incolumidade das pessoas, do patrimônio e a manutenção da ordem pública”.
Na cooperação, o apoio logístico determina que o Estado deverá dispor de infraestrutura necessária à instalação de base administrativa, bem como permissão de acesso aos sistemas de informações e ocorrências, no âmbito da Segurança Pública.