24/05/2017 às 10h27min - Atualizada em 24/05/2017 às 10h27min

PF cumpre mandado na casa de ex-prefeito de Naviraí, que mora na Capital

Léo Matos é investigado na operação da Polícia Federal que apura desvio de medicamentos comprados com recursos públicos

- Campo Gande News
Servidor da CGU entra em viatura da Polícia Federal em frente a uma residência em Campo Grande (Foto: Divulgação)

Uma residência em Campo Grande é um dos alvos da segunda fase da Operação Tarja Preta, desencadeada hoje (24) pela Polícia Federal em continuidade às investigações sobre um esquema que desviava medicamentos comprados com recursos públicos no município de Naviraí, a 366 km de Campo Grande.

O Campo Grande News apurou que a casa, em bairro não informado, é o atual endereço do ex-prefeito de Naviraí, Leandro Peres de Matos, o Léo, que se mudou no início deste ano para a Capital, para assessorar o prefeito Marquinhos Trad (PSD).

Além da atual residência de Léo Matos, os agentes da Polícia Federal cumpriram mandado de busca e apreensão na Mega Farma Drogaria, em Caarapó. A farmácia pertence a pessoas ligadas ao ex-prefeito. A reportagem procurou Léo Matos, mas ele não atendeu o celular.

A segunda fase da Operação Tarja Preta nesta quarta-feira envolve a Polícia Federal, a Controladoria Geral da União e o MPF (Ministério Público Federal).

Conforme nota da PF, o esquema de desvio de medicamentos ocorria na Gerência de Saúde da Prefeitura de Naviraí, adquiridos com verbas repassadas pelo governo federal. Os fatos teriam ocorrido entre 2013 e 2016, período em que Léo Matos foi prefeito.

A primeira fase da operação, realizada em junho do ano passado, constatou que foram registrados no sistema pelo menos R$ 520 mil como “perdas” de medicamentos, estratégia, segundo a PF, para dissimular o esquema delituoso de desvio de remédios.

“Restaram constatadas durante as investigações também dificuldades ao acesso aos documentos para a realização das fiscalizações, acesso privilegiado de determinados indivíduos a medicamentos, direcionamento de licitações e consequente prejuízo ao erário público”, afirma a PF.

A operação de hoje, envolvendo 20 agentes federais e servidores da CGU, busca outros documentos para complementar as provas já levantadas durante a investigação e tentar descobrir outras fraudes.


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