23/06/2017 às 13h12min - Atualizada em 23/06/2017 às 13h12min

Famílias vão à Justiça por mortes causadas por buracos em Dourados

Fotos: Osvaldo Duarte

A família de Sônia Aparecida Rodrigues Fernandes, que morreu na última segunda-feira (19) após colidir com sua moto em uma árvore no prolongamento da avenida José Roberto Teixeira, estuda entrar na Justiça contra o Município de Dourados.

Segundo o filho mais velho da vítima, Anderson Rodrigues Fernandes, 33, o acidente que levou à morte de sua mãe ocorreu porque ela perdeu o controle ao desviar de um buraco na via. "Vamos procurar a Justiça. É revoltante ter perdido minha mãe por uma coisa boba dessas", disse ao Dourados News.

Populares presentes no local no momento do acidente se mostravam indignados com a causa da batida e também apontaram o buraco como o causador.

O laudo da perícia do acidente deverá ser concluído na próxima quinta-feira (29), caso o perito não solicite prazo adicional para concluir o documento, segundo informações da Unidade Regional de Perícia e Identificação.

Com o laudo, a Polícia Civil poderá saber o que levou ao acidente que matou Sônia Aparecida.

Manifestação contra os buracos

Anderson está mobilizando parentes e amigos para um ato contra os buracos neste sábado (24). A concentração será às 15h30 em frente ao Parque Antenor Martins, no Jardim Flórida I, e seguirá até a praça Antônio João com cartazes e faixas. "Toda a população está convidada a participar. As pessoas vão percorrer o trajeto a pé, de carro e de moto", disse.

Sônia Aparecida seguia em uma motocicleta Honda CG Titan pela avenida José Roberto Teixeira sentido Centro na manhã de 19 de junho, quando perdeu o controle da direção e colidiu frontalmente contra uma árvore. O Corpo de Bombeiros foi acionado, mas ao chegar no local a vítima já estava sem vida.

Segunda morte em menos de um mês

Cinco dias antes, Valdomira Nunes da Rocha, 61, não resistiu aos ferimentos após cair da moto ao passar em um buraco na Vila Erondina II. Ela ficou 20 dias internada no Hospital da Vida.

No momento da queda, populares ajudaram Valdomira a se levantar e registraram fotos do ocorrido. Ela foi encaminhada à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) e depois ao hospital, pois reclamava de fortes dores na cabeça. Valdomira teve traumatismo craniano e foi operada, mas não resistiu.

"Temos um advogado à frente disso e preparando uma ação judicial contra a prefeitura também", disse Rosangela Nunes de Oliveira, 31, filha de Valdomira. "Fiquei sabendo pelas redes sociais da mobilização neste sábado e também estaremos presentes".


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