04/04/2018 às 09h29min - Atualizada em 04/04/2018 às 09h29min

Análise: melhor início de Libertadores desde 2001 alivia Palmeiras para Dérbi

Time passa facilmente pelo Alianza Lima antes de decidir título paulista contra o Corinthians

- G1

Cinco dias antes de decidir o Campeonato Paulista contra o Corinthians, o Palmeiras derrotou com facilidade o Alianza Lima por 2 a 0, em sua arena, e chegou a seis pontos em duas rodadas no Grupo 8 da Libertadores. É o melhor início de campanha do clube no torneio desde 2001.

Em seis participações desde então (2005, 2006, 2009, 2013, 2016 e 2017), jamais a equipe havia vencido os dois primeiros jogos da fase de grupos. Na maioria delas, sofreu inclusive diante de adversários fracos.

Relembre o começo das campanhas:

2017 - Empate com o modesto Atlético Tucumán, na Argentina, e vitória magra no último minuto contra o Jorge Wilstermann, da Bolívia, como mandante.
2016 - Empate com o modesto River Plate uruguaio, fora de casa, e vitória complicada (com pênalti defendido e o segundo gol no final) sobre o Rosario Central, da Argentina, em casa.
2013 - Vitória sobre o Sporting Cristal, do Peru, no Pacaembu, e derrota para o Libertad, no Paraguai.
2009 - Depois de passar pelo boliviano Real Potosí na fase preliminar, perdeu para LDU, no Equador, e Colo Colo, no antigo Palestra Italia.
2006 - Uma vez classificado para a fase de grupos, após eliminar o venezuelano Deportivo Táchira, empatou fora de casa com o Cerro Porteño, do Paraguai, e derrotou o Atlético Nacional, da Colômbia, como mandante.
2005 - Passou pelo Tacuary, do Paraguai, na fase preliminar, e iniciou a fase de grupos com empate com o Cerro Porteño, fora de casa, e vitória sobre o Deportivo Táchira, no Palestra Italia.
2001 - Começou com duas vitórias: Universidad de Chile, em casa, e Sport Boys, no Peru.

Atuação segura e convincente

Para bater o Alianza Lima - adversário que não faz boa temporada no Peru, é verdade -, o roteiro palmeirense foi o mesmo das últimas partidas: muita pressão nos minutos iniciais, com marcação alta, na tentativa de abrir rapidamente o placar.

Funcionou, como já havia funcionado diante de São Paulo, Novorizontino, Santos, Corinthians... Aos dez minutos, o zagueiro Thiago Martins aproveitou o rebote de um cabeceio do colega Antônio Carlos na trave, em cobrança de falta, e balançou a rede.

O que se viu em seguida também não foi muito diferente do que tem ocorrido ultimamente, exceção feita à goleada por 5 a 0 sobre o Novorizontino nas quartas de final. O Palmeiras criou mais uma série de chances para ampliar o marcador, mas as desperdiçou.

O Alianza, no entanto, pouco ameaçou a vitória do líder da chave. Muito porque, de novo, o trabalho coletivo de marcação funcionou desde o ataque, com os dois pontas (Dudu e Keno) e o artilheiro Miguel Borja, que fecharia o placar com menos de um minuto da etapa final.

Metade da sequência para trás

Da série de quatro jogos importantes (as duas finais contra o Corinthians e os dois jogos em casa pela Libertadores), já se foram dois, ambos com vitórias. No domingo, ainda mais aliviado pelos 100% de aproveitamento no torneio sul-americano, o Palmeiras precisa de um empate frente ao seu arquirrival para conquistar o título paulista.

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Três dias depois, recebe o Boca Juniors, da Argentina, para tentar melhorar ainda mais sua campanha neste início de Libertadores. Uma vitória sobre o rival sul-americano pode deixar o time treinado por Roger Machado muito perto da vaga às oitavas de final.


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