05/04/2018 às 14h42min - Atualizada em 05/04/2018 às 14h42min

Guerra comercial entre EUA e China favorece a soja brasileira

Brasil pode se beneficiar com a decisão no curto prazo, mas em um período mais longo pode sair prejudicado

- VEJA
Produtores brasileiros são os maiores exportadores de soja para a China e participação deve aumentar (Tiago Queiroz/Agência Estado/VEJA)

A guerra comercial entre China e Estados Unidos ganhou mais um capítulo, nessa quarta-feira, 4, com o governo chinês impondo novas tarifas contra produtos norte-americanos. Em resposta ao protecionismo de Donald Trump, a China elevou as tarifas sobre a soja produzida nos Estados Unidos, abrindo mais espaço para outros países produtores, principalmente o Brasil.

A China é o maior importador mundial de soja. No ano passado, comprou 95,5 milhões de toneladas – aproximadamente 40 bilhões de dólares. Cerca de 30% da soja cultivada nos EUA é exportada para a China, onde o grão é transformado em óleo e a sobra de farelo de soja é usada como ração para suínos, frangos, gado e peixes.

Com a nova tarifa de 25%, a previsão do Ministério do Comércio da China é de que esse mercado seja ainda mais ocupado pelo produto brasileiro – que já tem uma participação relevante no país asiático. Em 2012, o País superou os norte-americanos e passou a ser o maior exportador do produto para o mercado chinês. Em 2017, as vendas brasileiras atingiram um recorde para a China, com o embarque de 53,7 milhões de toneladas. Isso representou quase 55% das importações de Pequim. Os norte-americanos exportaram 33 milhões de toneladas, 34% do mercado chinês e o menor volume desde 2006.


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