23/05/2018 às 08h19min - Atualizada em 23/05/2018 às 08h19min

Gaeco volta para a rua em operação contra a Máfia do Cigarro

Até agora, 20 PMs são investigados por terem sido cooptados por cigarreiros

- Campo Grande News
PM integrante do Gaeco em frente à Corregedoria da Polícia Militar na tarde do dia 16 de maio, quando a Oiketikus foi deflagrada (Foto: Fernando Antunes/Arquivo)
O Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) voltou para as ruas para dar continuidade a Operação Oiketikus. A força-tarefa, na semana passada, mirou policiais militares envolvidos com a Máfia do Cigarro.

O Campo Grande News apurou que desta vez serão cumpridos somente mandados de busca e apreensão.

Até agora, 20 PMs são investigados por terem sido cooptados por cigarreiros graças a pagamentos de propinas, que variavam de R$ 2 mil mensais a R$ 100 mil, para que cargas de cigarros contrabandeados pelas estradas de Mato Grosso do Sul, segundo relatório do Gaeco que fundamentou a ação.

Os valores de pagamentos foram verificados ao longo de apurações iniciadas em abril de 2017 e de meses de interceptações telefônicas, sendo fundamentados graças à evolução patrimonial de alguns dos suspeitos.

A Oiketikus foi deflagrada no início da manhã de quarta-feira, 18 de maio, em 14 cidades de Mato Grosso do Sul, a maioria delas localizada na rota do contrabando de cigarros. Oiketikus é um inseto conhecido popularmente como “bicho cigarreiro”.

Ao todo, foram 21 presos. Ao longo do dia, 20 PMs foram levados para a Corregedoria da Polícia Militar, três oficiais e 17 praças. O 18º praça se apresentou à noite. Todos foram encaminhados para celas do Presídio Militar Estadual.

A força-tarefa do Gaeco, a “tropa de elite” do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), também cumpriu 45 mandados de busca e apreensão.

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