20/11/2014 às 09h45min - Atualizada em 22/05/2015 às 14h56min

OMS: 6 milhões de brasileiros não têm banheiro

De acordo com relatório, 17% da população rural brasileira e 1% dos moradores das áreas urbanas defecam ao ar livre

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Banheiro

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Falta de acesso a banheiro atinge 3% dos brasileiros (Getty Images/VEJA)

Cerca de 6 milhões de brasileiros não têm acesso a sanitários, o equivalente a 3% da população do país. A revelação é do relatório Glass, divulgado nesta quarta-feira pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Publicado a cada dois anos, o documento avalia o acesso à água e a sanitários com base em informações de 94 países e 23 agências.

De acordo com o levantamento, que utilizou dados de 2012, 17% da população rural brasileira não tem sanitário. Entre os moradores da área urbana, 1% defeca ao ar livre.

Isso não quer dizer que os demais 97% dos brasileiros têm um aposento com água encanada, vaso sanitário, parede e teto. O IBGE considera sanitário "o local limitado por paredes de qualquer material, coberto ou não por um teto, que disponha de vaso sanitário ou buraco para dejeções".  Em outras palavras, um buraco no chão revestido por folhas de bananeira é considerado um banheiro. 

 

O número, ainda que ruim, já foi pior. Em 1990, 17% dos habitantes do país não tinham sanitário, ante 9% em 2000. Dentre os moradores das áreas urbanas, 6% se enquadravam nessa estatística em 1990, e 3%, em 2000. Nas áreas rurais, 48% não possuíam banheiro em 1990, número que caiu para 34%, em 2000.

Mundo — O documento da OMS revelou que, no mundo, 1 bilhão de pessoas ainda não têm acesso a sanitários, o que representa um risco potencial para a propagação de doenças, como demonstrou a disseminação do vírus do ebola. Das pessoas que não têm banheiro, 825 milhões se concentram em apenas dez países, cinco deles na Ásia, sendo que a Índia aparece na liderança, com 597 milhões de pessoas, seguida de Indonésia, Paquistão, Nepal e China (10 milhões). Na África, a Nigéria lidera o ranking com 39 milhões de pessoas. Completam a lista Etiópia, Sudão, Níger e Moçambique (10 milhões). 


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