10/12/2014 às 14h05min - Atualizada em 22/05/2015 às 14h56min

UFN3 abandona obra de R$ 4 bilhões da Petrobras

Empresa assegurou que pagarpa despesas com alimentação e moradia dos operários

correio do estado

O Consórcio UFN3 (Unidade Fertilizantes Nitrogenados), responsável pela construção de 82% da obra da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen) da Petrobras, em Três Lagoas, deixará o projeto. A informação é da prefeita Márcia Moura que recebeu um comunicado oficial da estatal na tarde de ontem (9). “Já é oficial, a UFN3 não vai dar sequência a obra, porém, ela não vai parar”, disse. A partir de janeiro a estatal deve iniciar os processos de contratação de uma nova empresa para concluir a obra, avaliada em R$ 4 bilhões.

Conforme Márcia, a prefeitura mantem um diálogo quase que diário com representantes da UFN3 e da Petrobras na intenção de se inteirar da real situação a qual a obra passa. 

Nos últimos dois meses a crise financeira que a UFN3 passa tem ganhado destaque na imprensa local, estadual e nacional. Somente nos últimos 60 dias mais de 3,5 mil trabalhadores foram demitidos e nas últimas semanas a situação tem se agravado ainda mais, já que muitos deles não receberam pagamentos atrasados ou rescisões trabalhistas.

Conforme Márcia, apesar dessa crise a UFN3 garantiu que vai manter as despesas com alimentação e moradia dos trabalhadores até que eles consigam voltar para casa.

Na última semana, trabalhadores fizeram protestos no município pela falta de pagamento. O Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada (Sintiespav) acompanhou as manifestações e se renuiu com a UFN3 e com a Petrobras e um acordo foi firmado: trabalhadores que foram demitidos há mais de 30 dias receberam parte das rescisões e os demais uma média de R$ 1 mil em pagamentos atrasados.

Conforme Nivaldo, presidente do Sintiespav, a UFN3 deve R$ 11 milhões para mais de 2,5 mil trabalhadores. “A maioria acionou a Justiça porque a UFN3 apresentou um caixa com apenas R$ 4 milhões, o que nos fez entender que ela não tem dinheiro para pagar seus colaboradores”, disse.

Para fornecedores do município o consórcio acumula uma nova dívida de R$ 9 milhões e ainda não propôs um acordo.


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