16/12/2014 às 14h57min - Atualizada em 22/05/2015 às 14h56min

Após noite em boate, PM é denunciado por invadir casa e agredir ex-mulher e amiga

Midiamax
 

 

Um polícial militar lotado na 5ª CIPM (Companhia Independente de Polícia Militar) invadiu a casa da ex-mulher e a agrediu durante a manhã de domingo (14) na Vila Almeida. A amiga da jovem que estava na residência também foi agredida pelo militar, que acabou preso em flagrante.

A estudante de 24 anos, que teve a identidade preservada, relata que na noite de sábado ela e a amiga foram até uma boate, onde o ex-marido também estava. Por volta das 4h30 as jovens, acompanhadas do namorado da amiga, voltaram para a casa e foram dormir. Cerca de 1h30 depois o PM pulou o muro da residência, arrombou a porta que estava trancada e começou a agredir a ex.

“As duas portas da minha casa estavam trancadas, ele arrombou, entrou e começou a gritar, mandou o namorado da minha amiga sair, e começou a me agredir, minha amiga, que tinha ficado ficou nervosa, acabou levando um soco no rosto dado por ele”, diz a estudante.

Com medo pela amiga, a jovem pediu para que ela saísse e voltou a ser o alvo do militar. “Eu não lembro bem como aconteceu, porque fui levada para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Vila Almeida desacordada, mas ele quebrou meu dente, machucou meu braço, estou toda roxa”, afirma a vítima.

A amiga da jovem e o namorado pediram ajuda para os vizinhos, que acionaram a polícia. Ele foi preso em flagrante ainda dentro da casa. Segundo a jovem o motivo da violência ainda é desconhecido, já que o PM não apresentava comportamento agressivo durante os sete meses que  foram casados.

“Nós brigávamos sim, mas normal, nada parecido com isso. Soube que ele brigou na boate, levou uma garrafada na cabeça e foi expulso, não sei se ele ficou bravo e descontou em mim, não sei”, alega a jovem que agora convive com o medo.

De acordo com a estudante, o ex-marido foi solto na tarde desta segunda-feira (15) e o juiz liberou uma medida protetiva para ela e para a amiga, que obriga o PM a se manter distante pelo menos 300 metros das vítimas.

Polícia Militar

A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Polícia Militar de Campo Grande e com a Corregedoria, que alegaram não terem sido informadas do caso até o momento. A 5ª CIPM (Companhia Independente de Polícia Militar) preferiu não se pronunciar sobre a ocorrência.


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