20/12/2014 às 08h53min - Atualizada em 22/05/2015 às 14h56min

Federal ‘atirou para matar’, diz polícia sobre homicídio de advogado em Dourados

Midiamax
 

O policial federal Marcelo Portela, 34 anos, acusado pela morte do advogado Márcio Alexandre dos Santos, na madrugada do dia 27 de outubro, em Dourados, “atirou para matar”. A conclusão é do delegado titular do SIG (Serviço de Investigações Gerais) da Polícia Civil, Adilson Stiguivitis, depois de avaliar o documento conclusivo da perícia feita no local do crime. A conclusão foi de que Márcio Alexandre foi morto com oito tiros quando já estava caído no chão.

Reportagem publicada quinta-feira (18) pelo jornal Diário MS informa que o policial deverá responder por homicídio doloso, que é quando há a intenção de matar.

Para o encerramento do caso e encaminhamento ao Ministério Público, ainda faltam os laudos da reconstituição e também das armas apreendidas. No entanto, conforme o delegado responsável pelo inquérito, todos os detalhes cruciais sobre o caso estão esclarecidos.

“Não há dúvida de que, mesmo que tivesse pensado que o seu alvo era um dos assaltantes que o abordaram e não o advogado amigo dele, como alega, está claro que o policial teve a nítida intenção de matar. O laudo revelou que o Márcio foi atingido quando já estava caído ao chão, quando a cena já não ofertava mais perigo para ele. Mesmo que estivesse embriagado como também alegou, Marcelo atirou para matar, tanto que acertou na cabeça do Márcio”, justificou o titular do SIG.

Advogado criminalista e ex-candidato a vereador pelo PMDB de Dourados, Márcio Alexandre foi morto quando retornava, junto com o amigo Portela, de uma casa noturna na cidade, após passarem o dia bebendo com outros amigos.

O crime aconteceu na rua Albino Torraca, na região central da cidade. O advogado e o policial foram rendidos por assaltantes que acabaram levando a caminhonete de Márcio Alexandre dos Santos para o Paraguai, segundo se apurou. Um dos assaltantes acabou atingido pelos disparos deferidos por Portela e os outros fugiram. O policial se apresentou à polícia horas depois do crime, acompanhado de representantes sindicais da Polícia Federal e também de um advogado.


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