22/01/2015 às 08h03min - Atualizada em 22/05/2015 às 14h56min

Governo do Estado rejeita 25% de reajuste a professores e fala em parcelar 13%

Mídia Max

O governo estadual não concederá o reajuste salarial reivindicado pelos professores, na faixa dos 25%, e quer parcelar aumento de 13%, percentual da contraproposta do Executivo. A decisão foi anunciada no início da tarde desta quarta-feira (21) pelo governador, Reinaldo Azambuja (PSDB), que participa do lançamento da Showtec, feira agropecuária em Maracaju.

Para o governador, é inviável o reajuste de 25,42% na folha da categoria, previsto em lei aprovada no ano passado. Segundo Reinaldo, os números do Estado não lhe permitem cumprir esta legislação.

O tucano disse ainda ao Midiamax que seu antecessor no cargo, André Puccinelli (PMDB), sabia da impossibilidade de o Estado pagar este aumento aos professores. A conta ficou para o novo governo, dentro de um ‘pacote de maldades’ do peemedebista.

A perspectiva que o Governo do Estado tem a oferecer para a Fetems, de acordo com o que Reinaldo por ora admite, é a de pagar um reajuste parcelado em duas vezes, chegando a 13%, percentual aplicado sobre o piso nacional.

Mais cedo, a Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação) afirmou esperar uma definição sobre o reajuste até o dia 30 de janeiro. Para o começo de fevereiro há assembleias agendadas, nas quais a categoria pode, entre outras coisas, votar por não iniciar o ano letivo – mensagem neste sentido chegou a ser divulgada via WhatsApp.

Em outras ocasiões, representantes dos professores afirmaram que a categoria não abre mão dos 25%. Uma nova rodada de negociações está marcada para a quinta-feira (22), inclusive com a presença do governador.

Lei 4664

Aprovada no fim do governo de Puccinelli, a legislação que ordena o reajuste de 25,42% no ordenado dos professores da rede pública do Estado determina que o piso salarial seja de R$ 1.476,69 – relativo ao profissional com carga horária de 20 horas. Conta o presidente da Fetems, Roberto Botarelli, que, para a entidade sindical, o impacto econômico aos cofres públicos chegue a R$ 13 milhões.

O valor, no entanto é contestado pelo atual governo, que trabalha com um outro cenário. Uma estimativa inicial apontava para R$ 27 milhões e, depois, para a casa dos R$ 17 milhões. 


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