16/02/2015 às 08h38min - Atualizada em 22/05/2015 às 14h56min

Mocidade e Salgueiro empolgam na 1ª noite na Sapucaí

EXAME

Numa noite marcada por uma forte chuva e problemas no sistema de som da Marquês de Sapucaí, Mocidade Independente e Salgueiro conquistaram o público na primeira parte dos desfiles do Grupo Especial do carnaval carioca.

Pela Mocidade, o carnavalesco Paulo Barros estreou com alegorias criativas e efeitos especiais para narrar as 24 horas derradeiras da humanidade. Já o Salgueiro trouxe um samba de empolgação e fantasias suntuosas a fim de contar segredos da culinária de Minas Gerais.

A alegoria que mais despertou atenção foi a de homens e mulheres que se despiam na avenida para satisfazer o desejo de ficar nu no que seria a véspera do fim do mundo.

Somente as partes íntimas ficaram cobertas. O Salgueiro inovou na comissão de frente com uma manta de LED que representava uma pepita de ouro e projetava imagens em 3D.

Última a desfilar, já na manhã desta segunda-feira, a Grande Rio se exibiu com graça e irreverência. A escola optou por brincar com as cartas do baralho, num enredo apresentado com muita leveza.

O ponto alto ficou por conta da comissão de frente, com várias coreografias que retratavam o embaralhar das cartas e no qual algumas bailarinas "perdiam" a cabeça e só deixavam à mostra as pernas.

A escola de Caxias, na Baixada Fluminense, já foi vice-campeã três vezes e busca seu primeiro campeonato. É a agremiação que mais reúne artistas de TV e desta vez não foi diferente, a começar pela rainha de bateria, Suzana Vieira.

Viradouro, Mangueira e Vila Isabel decepcionaram e estão distantes da disputa do título. As duas primeiras sofreram com os efeitos do temporal. Fantasias da Mangueira foram danificadas e a escola não conseguiu fazer um desfile à altura do enredo, que homenageava as mulheres brasileiras e, notadamente, mangueirenses históricas, como Dona Zica (que foi casada com Cartola) e Dona Neuma (filha do primeiro presidente da escola).

Em seu retorno ao Grupo Especial, a Viradouro narrou modestamente a trajetória do negro no Brasil e vai torcer para não cair novamente.

Já a Vila, 10ª colocada em 2014, também deixou a desejar com fantasias acanhadas e erros de acabamento nos carros alegóricos. A escola homenageava os maestros, a partir de uma deferência a Isaac Karabtchevsky.


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