19/02/2015 às 14h22min - Atualizada em 22/05/2015 às 14h56min

Extintores novos continuam em falta e postos de MS culpam fábricas

G1

Motoristas de Campo Grande estão tendo dificuldades para encontrar o modelo ABC dos extintores. A reclamação foi feita por Osni Gondim, um telespectador da TV Morena. Ele disse que foi a vários postos de combustíveis da cidade a procura do extintor, mas não encontrou o produto.

O problema da falta está nas distribuidoras, segundo o gerente de posto de combustível, Alexandro Dias. Ele diz que tenta fazer compra desde novembro, mas as distribuidoras dizem que não têm o produto.

A equipe de reportagem encontrou extintores do tipo ABC no local, mas os produtos estavam com a validade vencida. Os motoristas deixam os produtos no posto porque existe um ponto de coleta para depois devolver às distribuidoras.

O Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Lubrificantes e Lojas de Conveniência de Mato Grosso do Sul (Sinpetro) confirma que os extintores sumiram em todos os locais de venda. O superintendente do Sinpetro, Edson Lazarotto, explica que o problema atinge todo o estado.

"Temos quase 100% dos postos sem nenhum extintor ABC para vender. Todos já foram vendidos no fimal de dezembro, início de janeiro. E estamos tentando junto às distribuidoras que nos informam que também não receberam até o momento", afirmou.

Gerente de uma empresa que está no ramo há cerca de 30 anos, Lauro de Oliveira diz que não viu uma crise assim do produto em anos de trabalho. Segundo ele, antes os pedidos eram feitos às fábricas e os produtos chegavam em uma semana. Agora, os mesmos pedidos demoram cerca de um mês para serem entregues.

A distribuidora fez um pedido de 600 extintores novos e só recebeu depois de um mês, quando vendeu quase todos rapidamente. Agora eles têm apenas 100 produtos de reserva.

"Falta matéria-prima no mercado. Provavelmente esse ano [a situação] não vai se normalizar a partir do ano que vem. Infelizmente, as fábricas não se prepararam", explicou Oliveira.

Além da falta de matéria-prima, a explicação para a escassez do produto nas fábricas também está no excesso de pedidos. Ainda segundo Oliveira, as fábricas estão priorizando o mercado dos carros novos. "Houve um acordo para que as montadoras recebessem os novos extintores e equipassem os carros novos, por isso, o varejo foi prejudicado", afirmou.


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