05/03/2015 às 07h00min - Atualizada em 22/05/2015 às 14h56min

‘Maior furto do País’ poderia prejudicar a digitalização de cinemas brasileiros

Carga de equipamentos avaliada em R$ 24 milhões

Mídia Max

O furto de equipamentos para salas de cinemas em Vigário Geral (RJ), que é considerado pela polícia como o maior furto já ocorrido no Brasil, poderia atrapalhar o processo de digitalização das salas de cinema do país. A carga furtada, com projetores 3D e 4D, está avaliada em R$ 24 milhões e caso não tivesse sido recuperada pela Polícia Civil, poderia deixar cinemas, principalmente os menores, sem ter como operar.

A carga foi furtada em fevereiro deste ano, em plena luz do dia. Ao todo, foram furtados 121 projetores importados da Bélgica. De acordo com a diretora de Operações da empresa responsável pela importação do equipamento, Suzana Lobo, os equipamentos recuperados em Campo Grande faz parte do processo de digitalização dos cinemas brasileiros. As salas que operam de modo analógico, com filmes 35 milímetros, vão passar para o formato digital com os equipamentos que foram furtados.

Ainda segundo a diretora, é possível que os criminosos não soubessem bem o que fazer com a carga, mas tivessem conhecimento do valor dos equipamentos. Os aparelhos possuem elevada segurança, como criptografia e número de série, por isso, não seria fácil a utilização dos produtos em salas de cinema de forma irregular.  Para um estúdio liberar a produção é necessária que se informe o número de série do equipamento.

Os equipamentos fazem parte de uma ação da Ancine (Agência Nacional do Cinema)  para realizar a digitalização dos cinemas e os equipamentos que foram roubados possuem um valor menor do que se fossem comprados diretamente fora do país, beneficiando pequenos exibidores.

Operação Projeção

A delegada responsável pelo caso, Ana Cláudia Mediana, da Deco (Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado), continua investigando o caso. “É uma organização criminosa especializada em carga de valor. Já existem membros identificados e a investigação continua”.

Ainda segundo a autoridade policial, as investigações apontam que Campo Grande seria rota dos equipamentos.

Os equipamentos foram recuperados em um barracão na Rua Filomena Segundo Nascimento, Bairro Itamaracá. 


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