08/04/2015 às 09h10min - Atualizada em 22/05/2015 às 14h56min

Servidores do HU paralisam atividades por 24h em Dourados

Dourados Agora

Parte dos servidores do Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) cruzam hoje os braços. A paralisação iniciou ontem com os técnicos administrativos da UFGD e vai até amanhã com concentração na praça Antônio João e participação de servidores federais de outras instituições como Judiciário, Ministério Público. Não está descartada possibilidade de greve na UFGD a partir de maio.

Ontem, técnicos administrativos da universidade se concentraram em frente à reitoria. A categoria local inicia a jornada nacional de luta que também conta com o apoio de universi-dades federais de todo o país. Eles pedem uma série de reivindicações que vão desde a reposição do índice de inflação salarial não concedido desde 2006 e que hoje é de 27,3%; jornada de trabalho de 30 horas; aprimoramento da carreira, com correção das distorções, entre outros como creche nas universidades.

Juntas, a UFGD e o HU tem cerca de 900 técnicos administrativos. Ontem cerca de 40% dos técnicos da universidade paralisaram atividades e, no HU, para não prejudicar o atendimento de pacientes, a paralisação, apenas hoje, não deve ser feita de forma macissa. Pelo menos 30% dos servi-dores do HU têm que cum-prir jornada de trabalho, conforme legislação. Na UFGD as aulas não serão interrompidas.

De acordo com Stella Adriana Zanchett, coordenadora de comunicação do Sintef (Sindicato dos Trabalhadores em Educação das Instituições Federais), a categoria ainda luta pelo fim da PL 4330, que regulamenta o serviço terceirizado dentro de instituições federais. O Projeto de Lei tramita no Congresso desde 2004 e está em votação.

Se aprovado, diferentes tipos de serviços prestados dentro de uma instituição poderá ser terceirizado, como informática, por exemplo. Hoje, isso já acontece em setores de limpeza, segurança. Representantes dos trabalhadores argumentam que a lei pode provocar precarização no mercado de trabalho. Empresários, por sua vez, defendem que a legislação promoverá maior formalização e mais empregos.

Greve

A paralisação de 72 horas, em todas as universidades federias do país, não significa greve. Mas, caso o Governo Federal não tenha nenhuma resposta positiva em relação às reivindicações feitas, as universidades podem entrar em greve a qualquer momento.

No mês que vem técnicos administrativos das universidades se reunem em assembleia para decidir os rumos do movimento. Se até lá não houver nenhuma resposta do Governo Federal, há chances da categoria deflagrar greve por tempo indeterminado. Os professores fazem parte de outra categoria nas universidades e eles também têm uma série de reivindicações.


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