09/04/2015 às 14h45min - Atualizada em 22/05/2015 às 14h56min

Puccinelli e Girotto seriam os donos da CGR, empreiteira que domina as obras no Estado

Parte das revelações foram feitas por empreiteiros presos durante a Operação Uragano

Redação Amambainoticias

Parte das escutas realizadas legalmente durante a Operação Uragano ficaram disponíveis para consulta durante o curto período de tempo no qual o sigilo das investigações foi derrubado pela juíza Dileta Therezinha Thomaz. Foi o suficiente para aparecer o grau de envolvimento do governador André Puccinelli (PMDB) no esquema de desvios de recursos públicos.

Pelo menos três pedidos de inquéritos para investigar autoridades envolvidas no esquema já foram enviadas ao STJ. Diante da gravidade das informações contidas no processo envolvendo autoridades de alto escalão, o desembargador Carlos Eduardo Contar retomou o sigilo do processo.

Parte das revelações foram feitas por empreiteiros presos durante a Operação Uragano. Com as novas revelações, foi detalhado o esquema de corrupção no Estado. Segundo os documentos, o governador André Puccinelli e seu ex-secretário de obras Edson Giroto, atualmente candidato a deputado federal, seriam os verdadeiros donos da CGR Engenharia.

A empreiteira tem pelo menos R$ 500 milhões em contratos com diversas instâncias da administração pública, muitos com dispensa de licitação, e tem mais. Além do envolvimento do governador e diversos parlamentares da esfera estadual e federal, as investigações de corrupção atingem outros poderes.

Nesta última sexta feira (24), a Corregedoria do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), por meio da ministra Eliana Calmon abriu processo para investigar denúncias envolvendo o Tribunal de Justiça e o Ministério Público Estadual. De acordo com o CNJ,o TJ foi intimado a prestar explicações sobre as declarações do deputado estadual Ary Rigo (PSDB), também filmado pelo jornalista Eleandro Passaia a mando da PF.

O prazo para o Tribunal de Justiça enviar informações se esgota amanhã.

André já é investigado pelo STJ por enriquecimento ilícito quando foi prefeito de Campo Grande, em processo que é relatora a ministra Ministra Nancy Andrighi.


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