A falta de estrutura do Aeroporto Francisco de Matos Pereira, principalmente para pousos, fará Dourados perder, à partir do dia 10 de maio, o voo da madrugada ligando a cidade ao Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP). A medida é válida até agosto e repete 2014, quando a conexão foi suspensa.
A informação foi reiterada na manhã desta segunda-feira (27) pela assessoria de imprensa da Azul Linhas Aéreas, a única a atender esse horário no município.
“A cidade é uma das mais impactadas pela meteorologia durante essa época do ano [inverno]. Por isso, foram planejadas pela companhia mudanças com base no histórico de fechamento do aeroporto. Os voos com destino a Campinas terão redução de uma frequência diária. A malha temporária ficará em vigor de 10 de maio a 30 de agosto”, diz o material.
A ação já foi realizada no ano passado quando a empresa parou por período parecido alegando que os nevoeiros, comuns no inverno, dificultariam a conclusão da viagem de pouco mais de duas horas entre as duas cidades. A não homologação das operações através de instrumentos, também prejudica.
Atualmente a companhia atende em três horários na linha entre as maiores cidades do interior sul-mato-grossense e paulista e passará para apenas dois. Outra a operar no aeroporto local é a Passaredo, com um voo diariamente para Guarulhos (SP).
DINHEIRO FEDERAL
Para sanar o problema, a prefeitura disse que aguarda os recursos do governo federal. O município será beneficiado com o programa de Desenvolvimento da Aviação Regional do país que prevê investimentos superiores a R$ 7,3 bilhões em 270 aeroportos espalhados por todas as regiões.
O repasse para o Francisco de Matos Pereira será de R$ 36,8 milhões a ser utilizado na reforma completa do local, com instalação de um novo terminal de passageiros, ampliação no pátio destinado às aeronaves e melhorias na pista de pousos e decolagens.
Atualmente apenas os aviões ATR’s, com capacidade para 70 passageiros podem operar na cidade e após concluídas as obras, poderá receber aeronaves com 160 lugares.
Porém, para que seja aprovada a abertura da licitação é preciso a liberação do estudo de licenciamento ambiental.