Horas aguardando o atendimento e não ser atendido. Essa foi a situação de várias pessoas em mais um dia de greve dos médicos da rede pública, ontem, nas unidades de saúde
Mesmo com dores e sintomas sem diagnósticos, a maioria desistia e ia embora
Algumas pessoas ouvidas pelo Correio do Estado disseram que iriam recorrer à automedicação. A manutenção do efetivo de 30%, obrigatório por lei em casos de paralisação, não foi suficiente para atender a demanda.
Na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Coronel Antonino o taxista Marcelo Gregório de Souza, 29 anos, desistiu de esperar por uma consulta para a filha Ana Maria de Souza, de quatro anos. A pequena caiu e bateu a cabeça, formando um enorme inchaço.
Na porta das unidades, representantes do Sindicato dos Médicos distribuíram panfletos explicando motivo da greve. A categoria reivindica aumento de 355% e, diante da crise financeira, a prefeitura afirma não ter recursos.