16/05/2015 às 08h54min - Atualizada em 22/05/2015 às 14h56min

Tropas podem aquartelamento por reajuste salarial

PMs e bombeiros também podem entrar na Justiça por aumento neste ano

Diário Digital

Policiais e bombeiros militares de Mato Grosso do Sul ameaçam aquartelamento na próxima semana caso o governo do Estado não reconsidere a decisão de não reajustar os salários da categoria neste ano. O Poder Executivo alega que a maior parte dos servidores públicos já foi contemplada com aumento salarial em pacote de projetos aprovados em 2014, ainda na gestão de André Puccinelli (PMDB). A situação tem gerado ameaça de greve de várias categorias profissionais.

Em nota encaminhada à imprensa, o presidente da Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar de Mato Grosso do Sul (ACS), Edmar Soares da Silva informa que deve chamar uma assembleia geral para a próxima semana e, caso não haja acordo, o aquartelamento pode ser desencadeado. PMs e bombeiros reivindicam índice de reajuste entre 15% e 25% para este ano.

Militares reivindicam reajuste salarial neste ano e rejeitam argumento da Procuradoria-Geral do Estado (Foto: Luciano Muta)

“Nada está descartado. O governo insiste em não dar reajuste e, quando chamarmos assembleia, na próxima semana, vamos levar essa proposta. Quem decide é a tropa, que não aceita ficar sem reajuste em maio. A ACS vai encaminhar e respeitar a decisão”, afirmou Edmar, que se reuniu esta semana com o secretário de Governo e Gestão Estratégica, Eduardo Riedel, e com o secretário de Administração e Desburocratização, Carlos Alberto de Assis.

O Executivo insiste que o aumento de maio foi antecipado para dezembro de 2014 e, por isso, não pretende corrigir os salários dos servidores na data base em 2015. As entidades representativas também não descartam judicializar o caso, já que parecer da PGE (Procuradoria-Geral do Estado) entende de outra forma a lei que fixou os subsídios dos servidores até dezembro de 2014.

“Temos um entendimento diferente da PGE, pois, no nosso caso, está especificado no texto da lei que os reajustes eram referentes aos exercícios de 2013 e 2014”, defendeu o presidente da ACS no documento encaminhado ao chefe do Executivo.

“Não existe 2015 na lei. Isso, que me perdoe o Procurador, é falácia. Não concordamos e vamos combater essa decisão. Acredito que está na hora de o governador receber as entidades, pois precisamos discutir isso pessoalmente.”

(Com informações da assessoria de imprensa da ACS)


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