Um UFC 187 cheio de emoções.
Dois campeões: Chris Weidman e Daniel Cormier.
Ambos enfrentaram lutas difíceis hoje, encararam adversidades no primeiro round. Quase foram nocauteados e mostraram que um campeão não é somente um lutador que sabe atacar.
Tanto Daniel e Chris tem características parecidas.
São grandes nomes do wrestling americano. Tiveram boas carreiras na modalidade e migraram para o MMA.
Porém, para se tornarem campeões entenderam que não é somente uma arte marcial que iria sustentar sua carreira.
Este foi o diferencial hoje.
A evolução de Weidman e Cormier brilharam em suas conquistas contra Anthony Johnson e Vitor Belfort.
Um trabalho que não começou ontem.
Ambos atletas estão a alguns anos se dedicando ao esporte mas principalmente, não deixando de aprender e evoluir.
Cormier precisou do Jiu Jitsu para finalizar Anthony e Weidman usou muito dele para montar e conseguir a vitória por nocaute técnico sobre Vitor.
Isso mostra que todos campeões, são completos. Procuram crescer, não param no tempo e se mantém longe da zona de conforto.
“Foi a noite dele. Ele é um verdadeiro campeão. Eu preciso tocar meus negócios, ficar um tempo com minha família e corrigir os erros.
Não adianta chorar com o leite derramado. Apenas tenho que agradecer meus fãs e patrocinadores pelo apoio.” disse Vitor Belfort com expressão frustrada após ver Weidman cumprir sua promessa e vencer no primeiro round.
Porém, o Brasil teve a maior prova que precisa de novos ídolos.
Belfort tem 38 anos, Anderson Silva tem 40, Minotauro também 38, entre outros com idade avançada.
Tirando José Aldo e Renan Barão, não existem atletas de grande destaque com menos de 30 anos.
Temos promessas como Claudinha Gadelha, Thomas Almeida e Hérica Tibúrcio mas além deles, quantos atletas de expressão podemos citar?
Com torcedores extremamente exigentes, nosso país enfrenta um momento de reflexão e talvez mudança.
Mudança em todos os sentidos.
Acabar com o amadorismo de muitos eventos nacionais, de equipes e a busca de excelência em meio as dificuldades que existem em nosso país, que vive um momento delicado economicamente.
Encerro o texto com um pensamento de Belfort, que talvez venha descrever o que precisamos fazer e principalmente como enfrentar as vitórias e derrotas em um mundo competitivo.
“Você não pode deixar que uma circunstância te deixe parar de sonhar. Na minha vida, eu aprendi que temos que viver acreditando sempre.”