Há um mês e meio, o Grêmio procurava, beirando um desespero, uma “poção mágica” no mercado. Mas, na verdade, buscava reforços. E conseguiu um surpreendente: o técnico Roger. O comandante é considerado pela diretoria como principal motivo para o elenco gremista crescer de produção e atingir uma marca inédita no Brasileirão. O Tricolor é o único que conseguiu quatro vitórias consecutivas na competição e vive ascensão na tabela com a entrada no G-4.
A expressão da “poção mágica” saiu de uma entrevista do então diretor de futebol e hoje vice-presidente do departamento, Cesar Pacheco, após a derrota para o Coritiba, no Couto Pereira. O dirigente afirmou que o clube buscava solução por meio de encanto. Depois da vitória por 1 a 0 sobre o Cruzeiro, nesta quarta, na Arena, foi Pacheco quem concedeu entrevista coletiva.
- Achamos. O Roger é a poção mágica. Não ganhamos nada, o Roger tem um trabalho sério, responsável. É um estudioso do futebol. Está sempre preocupado, tem uma comissão que trabalha unida. E conseguiu a cumplicidade dos jogadores do plantel que a cada jogo nos surpreende - definiu o vice de futebol gremista.
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Desde a entrada do treinador, o Grêmio tem cinco vitórias, um empate e apenas uma derrota. O aproveitamento é de 76,19%. Maior do que o do Sport, líder do Brasileirão.
Roger divide a competição em pequenos blocos de pontos. A segunda parte do primeiro turno começou nesta quarta, com os três pontos sobre o Cruzeiro. E o Tricolor conseguiu superar a projeção. É a única equipe que conseguiu encarreirar quatro vitórias consecutivas na competição. Todos os números estão ao lado de Roger.
- Eu respeito e vou desejar que o meu torcedor venha para campo acreditando nessa equipe e que a gente pode ser campeão, mas dentro do meu trabalho diário, eu não passo isso nesse momento. Eu passo que a competição é dura, que a 38ª rodada está muito longe e que os passos têm que ser dados firmes, não dá para saltar no campeonato. Vou continuar falando em blocos pequenos, em objetivos a curto prazo e a manutenção onde a gente chegou, que é o G-4 - avaliou o técnico.
A entrada no bloco dos melhores da competição deu novo ânimo ao elenco. A briga por lugares no topo da tabela deixou o vestiário mais alegre. Na zona mista da Arena, o discurso era de que é possível brigar por algo mais no Brasileiro. Uma projeção que inexistia antes da bola rolar para a competição. Em terceiro colocado com 20 pontos, o Tricolor coloca como próxima meta permanecer entre os melhores do Brasil.
A sequência que se inicia será desafiadora. O Grêmio tem duelos com Santos (fora), Chapecoense (fora), Vasco (casa), Flamengo (fora) e Sport (casa) nas próximas cinco rodadas.
- A gente tem nossas metas, quando o Roger chegou ele colocou o que ele queria. E estamos conquistando jogo a jogo. Nossa meta era o G-4, chegamos na pontuação na rodada passada, mas ficamos fora. E agora chegamos. Temos que trabalhar sério, porque temos que nos manter até o final, para quem sabe beliscar o título - sonha Galhardo.
O Grêmio se reapresenta na tarde desta quinta-feira no CT Luiz Carvalho. Enfrentará o Santos, no domingo, às 16h, sem o volante Maicon, suspenso pelo terceiro cartão amarelo. Edinho é o provável substituto.
