17/07/2015 às 09h00min - Atualizada em 17/07/2015 às 09h00min

Campo Grande pode sediar os Jogos Mundiais dos Povos Indígenas em 2016

- Mídia Max

Foi finalizado nesta quinta-feira (16) a tarde, o lançamento da candidatura de Campo Grande para a sede dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas de 2016. O coordenador dos jogos e líder indígena nacional, Marcos Terena, também participou  do evento, que rendeu até visita ao prefeito da Capital, Gilmar Olarte.

Neste ano, os jogos serão realizados em Palmas (TO), a partir de 23 de outubro e, para o ano que vem, Campo Grande entrará para as capitais que concorrem a sediar os jogos. São elas: São Paulo, Salvador, Rio e Belém.

Durante entrevista exclusiva ao Jornal Midiamax, o líder indígena Marcos Terena confirmou que as articulações feitas a Cidade Morena são as melhores possíveis, uma vez que Campo Grande está no portal do Conesul. “A gente tem toda uma história de estarmos ao centro dos países que fazem fronteira com o Brasil, que, consequentemente, possuem números grandes de indígenas, e isso é um ponto positivo para a gente”, ressalta Marcos, que é natural de Aquidauana.

Se Campo Grande sediar os Jogos Mundiais, os investimentos serão inúmeros, a começar do Ministério do Esporte, que assim como está fazendo na cidade de Palmas – sede onde será realizado a primeira edição, disponibilizará um total de R$ 5 milhões para organizar o evento. “Fora que vai aquecer a economia da cidade e do Estado, gerar emprego e mostrar a cidade para fora”, diz. Vale ressaltar também que outros ministérios irão somatizar para realizar o encontro.

Dentre as estratégias de criação dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas, Marcos Terena afirmou que são três, as bases que contemplarão os indígenas de todo o mundo. “Identidade”, “Jogos Indígenas” e “Jogos Ocidentais”.

“Estes são os três quesitos que acompanharam as modalidades dos jogos aqui no Brasil, uma vez que, a identidade fala por si só, por quer um índio tem a identidade do ser; já a segunda que está ligada a jogos indígenas, vamos levantar a bandeira dos jogos tradicionais que são criados em aldeias mundo afora, como por exemplo, a canoagem e até o barco que são usado para praticar a canoagem e para finalizar, o esporte que não são derivados dos índios mas que nós, indígenas, aprendemos, cito futebol, voleibol e etc..”, avalia.

Ainda segundo Marcos, são 43 países  de todos os continentes, querendo participar dos Jogos Mundiais, só que o Brasil pode comportar apenas 22 países com 50 participantes de cada. “Nem todos os países terão os 50 participantes inscritos e vamos ordenando com os que quiserem e por ai vai”, resume.

Sobre a competitividade que é um assunto novo para quem é índio, o líder nacional diz que este será um dos maiores desafios dos jogos. “O indígenas não sabem competir e esta etapa dos Jogos Mundiais será um preparo para eles, quem sabe um dia, poderem participar de Olimpíadas, que tem como quesito maior, a competitividade, então estamos empenhados em oferecer esse desafio a nossa etnia”.

Além destas três bases, outras foram citadas por ele, como a questão da agricultura familiar indígena, que ressalva o estado físico (corporal) dos índios e, também, o artesanato indígena, bastante presente na vida deles também.

“Firmamos parceria com o Sebrae e dentro do evento não podemos deixar de fora a Feira Tradicional Indígena, que vangloria a arte que produzimos”, conta. Ao todo serão 48 stands, de alto nível, prontos para receberem a arte dos índios que habitam o planeta terra.


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