18/07/2015 às 07h39min - Atualizada em 18/07/2015 às 07h39min

Com dinheiro acabando, é hora de trocar restaurantes por arroz com ovo a R$ 3,00

- Campo Grande News

Antes de sair para viajar, havia dois lugares que sempre sonhei conhecer em nossos vizinhos andinos e que não poderiam faltar em meu roteiro. O primeiro, pelo qual passei no início da minha viagem, era o Salar de Uyuni. O segundo é um dos destinos mais procurados pelos mochileiros do Brasil e do mundo aqui na América do Sul, Machu Picchu.

Para chegar a Machu Picchu é necessário passar por Cusco. Em Arequipa, me despedi dos meus amigos suíços e de lá até Cusco foram 12 horas de viagem num ônibus que custou PEN 35, ou R$ 35, já que a cotação é de praticamente 1 por 1. No sul do Peru, transporte não é muito diferente da Bolívia, a qualidade não é boa, mas o preço é bem atrativo.

Pensava em permanecer em Cusco por apenas um, talvez dois dias, já que imaginava uma cidade cara devido ao grande número de turistas e poderia conhecer os principais pontos neste período.

 
Uma rua de Cusco, onde as pedras ainda são dos tempos Incas.

Uma rua de Cusco, onde as pedras ainda são dos tempos Incas.

Uma rua de Cusco, onde as pedras ainda são dos tempos Incas.
 
Praça das armas no centro histórico de Cusco.

Praça das armas no centro histórico de Cusco.

Praça das armas no centro histórico de Cusco.
 

Ao sair da rodoviária já a primeira surpresa: o táxi, como nas outras duas cidades que já havia visitado no Peru, foi muito barato, apenas PEN 8 num percurso de cerca de 20 minutos até a Praça das Armas. Escolhi descer ali por estar no Centro Histórico de Cusco e próxima de diversos hostels, hotéis, restaurantes, bares e outros pontos turísticos.

Depois de descer do táxi, fui em busca de uma hospedagem. Passei em três antes de encontrar o meu hostel, que custavam entre PEN 25 e PEN 40, um preço barato para uma cidade turística no Brasil, mas não muito atrativo para um mochileiro sem muito dinheiro no Peru.

Andei quase meia hora até encontrar o Hotel Andrea. Lá, a diária saiu por PEN 12,50, sem direito a café da manhã, num quarto com quatro camas. Mas o hotel conta com uma cozinha, algo necessário para quem viaja por muito tempo e pretende economizar.

Cusco é uma cidade muito bonita, onde, praticamente a cada esquina, se encontra uma igreja, herança dos colonizadores espanhóis. Mesmo na cidade, ainda é possível encontrar muito da cultura Inca.

Durante as andanças, descobri um lugar baratíssimo para almoçar e que também é um dos pontos turísticos de Cusco: o Mercado San Pedro. Lá se vende de tudo, desde roupas e bijuterias, até ervas e comidas. Está sempre lotado, na maior parte por gringos.

 
Prato de comida que custa R$ 3,00.

Prato de comida que custa R$ 3,00.

Prato de comida que custa R$ 3,00.

Almoçava arroz com huevo (arroz com ovo) por apenas PEN 3, só R$ 3. Além dos ingredientes que dão nome ao prato, também havia batatas fritas, saladas e um refresco para acompanhar.

Para os mais "frescos", não recomendo o local, pois não é muito higiênico, lembro bem da senhora que serviu meu prato pegando as batas fritas com as mãos. Mas o arroz com huevo me deixava saciado por toda a tarde.

Depois fui andar pela cidade em busca das agências para ir a Machu Picchu. Por não ter encontrado, decidi ir por conta própria e aproveitar mais Cusco, já que descobri uma cidade muito barata.

No segundo dia, fui nos pontos turísticos ao redor da cidade, ao lado do paulista Bruno, que havia conhecido na cidade anterior que eu visitei, Arequipa.

Juntos, fomos ao Cristo Blanco, que é como o Cristo Redentor do Rio de Janeiro, só que bem menor. Também passamos pelo Templo de La Luna e à Zona X, esses dois últimos são formações montanhosas e rochosas bem bonitas, onde se consegue ter uma excelente vista da cidade e da região. Todos são gratuitos e dá para se conhecer andando, depois de uma caminhada de 40 minutos do Centro Histórico da cidade ou por meio das agências de turismo.

Além dos pontos turísticos na cidade, Cusco oferece outros diversos locais para se visitar, como museus, igrejas, praças... grande parte gratuitos ou com preços de até PEN 10 para entrar.

A noite cusquenha também é muito interessante e acontece em volta da Praça das Armas. Há bares para todos os gostos, como o Mushroom, que tem noites latinas e também eletrônicas, cada dia com um tema. Há pub Irlandes, inglês, além dos bares com música andina. Todos oferecem o Pisco Sour, bebida típica peruana, equivalente a nossa Caipirinha.

Outra opção para quem quer curtir a noite da cidade é ir até os grandes hostels que lá existem e entrar para suas festas, que em alguns acontecem diariamente.

Por ser barato, acabei ficando quatro dias em Cusco, ao invés dos dois que havia “programado”, antes de seguir para Machu Picchu. Foi uma cidade que valeu muito a pena conhecer melhor. Agora é seguir para a histórica cidade inca, Machu Picchu!

 
Templo de La Luna,

Templo de La Luna,

Templo de La Luna,

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