24/07/2015 às 16h56min - Atualizada em 24/07/2015 às 16h56min

Empresa dispensa funcionários e clima é de tensão no Aquário em MS

- Dourados News

Funcionários da empresa Proteco, subcontratada pela Egelte para obra do Aquário do Pantanal, em Campo Grande, foram dispensados e estiveram na manhã desta sexta-feira (24) em frente ao canteiro de obras. A execução do projeto pela Proteco foi suspensa, de acordo com recomendação feita pelo Ministério Público Federal (MPF).

A obra do Aquário do Pantanal está envolvida em polêmicas, que vão desde a mortandade de peixes a indícios de fraudes na execução dos trabalhos.

O clima no local era de tensão e incerteza entre os funcionários dispensados. Eles querem saber quando vão receber a rescisão. O representante do sindicato dos trabalhadores da construção civil esteve na obra do aquário e informou o que a empresa deve fazer as rescisões na semana que vem.

A TV Morena tentou contato com o advogado do empresário João Amorim, mas não teve retorno até a publicação desta reportagem.

Os trabalhadores disseram à equipe de reportagem da TV Morena que foram trazidos de Sergipe, Alagoas, Ceará e Piauí pela Proteco, construtora do empresário João Amorim. Ao todo, foram 35 funcionários contratados para a obra.

Gravações telefônicas feitas com autorização Justiça revelam que a Egelte Engenharia, que ganhou a licitação para construir o Aquário do Pantanal, foi forçada a subcontratar a Proteco Construções para executar a obra.

A negociação faz parte de esquema milionário envolvendo políticos e empreiteiras, segundo a Polícia Federal. As investigações apontaram indícios de fraudes em obras públicas de rodovia, aterro e avenida.

O MPF recomendou, por meio de nota, que fosse feita auditoria em todos os contratos e obras da empresa Proteco Construções LTDA, responsável pela construção do Aquário do Pantanal e por importantes obras de pavimentação em Mato Grosso do Sul. Segundo o MPF, os trabalhos da construtora e o pagamento dos contratos devem ficar suspensos até que a fiscalização seja concretizada.

Outras duas empresas fazem os serviços de cenografia e instalação de ar-condicionado e climatização, mas apenas as obras da Proteco estão paradas. Segundo o governo do estado, uma comissão de fiscalização da Agesul, ligada a Secretaria Estadual de Infraestrutura, já foi criada e vai continuar o trabalho de auditoria.

Segundo a secretaria de infraestrutura, a Proteco tem dois contratos em vigor com o estado, sendo o Aquário do Pantanal e a construção do estacionamento. A empresa Egelte, que venceu a licitação para a obra do Aquário do Pantanal subcontratou a Proteco. As duas obras foram suspensas.

A expectativa é que a Egelte Engenharia, empresa que ganhou a licitação para construir o Aquário reassuma as obras. A Proteco está sendo investigada pela Polícia Federal. No começo de julho foram apreendidos documentos na empresa e a polícia está analisando os contratos sob suspeita de fraude.


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