Após a pequena polêmica sobre uma possível insatisfação de Vágner Love por sua substituição nos minutos finais do empate corinthiano contra o Coritiba, jogador e o técnico Tite deram uma entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira e negaram qualquer mal-estar.
O centroavante disse que seus palavrões foram interpretados de maneira errada e que, na verdade, teriam sido dirigidos ao companheiro de equipe Elias, por uma bola não passada segundos antes da substituição.
"Ontem, no lance que ocorreu de eu ter esbravejado, foi um contra-ataque que escorei a bola para o Elias e ele não devolveu. Foi simultâneo, eu estava chateado de não ter recebido a bola e foi isso que aconteceu", afirmou Love.
"Quando cheguei em São Paulo já procurei o professor para esclarecer a situação, seria muito desonroso da minha parte fazer isso com alguém que sempre me tratou muito bem", completou.
Tite ficou do lado de seu jogador e encerrou o assunto logo no início da coletiva. "Estou falando de uma maneira muito tranquila, serena e consciente daquilo que o vestiário é. Nós temos um código de ética entre nós. O Vagner tem sido muito autêntico. Não teve desrespeito ao técnico, ao clube ou ao colega. Eu coloco aqui os fatos", disse o treinador.
O técnico ainda assumiu que errou ao colocar o meia Danilo na partida faltando apenas cinco minutos para o apito final. "O Vagner é um atacante de movimentação. Às vezes tem a necessidade de ter um pivô, e o pivô que nós temos é o Danilo. Só que não posso utilizá-lo só nos cinco minutos finais. Eu errei na estratégia. Errei, sim, no timing da substituição para ter o Danilo", explicou.
"A gente fica muito exposto, e qualquer palavrão pode ter uma repercussão. Quando cheguei em casa, soltei um palavrão para mim mesmo: ‘Adenor, tu tinha que ter colocado o Danilo com pelo menos 15 minutos'. O jogador de criação tem que ter mais tempo. Temos que tomar cuidado para não ter essa dupla interpretação", continuou.
Por fim, o Tite defendeu o time durante o processo de evolução, até encontrar um padrão criativo. Sobre as críticas pela falta de poderio ofensivo, ele afirmou que o "importante é o saldo", e brincou: "Até parece que é pecado ser equilibrado".
