29/07/2015 às 08h06min - Atualizada em 29/07/2015 às 08h06min

Relato de adolescente complica políticos envolvidos em escândalo sexual

Promotor alegou que Bueno e Assis sabiam sobre a idade das garotas

- Mídia Max

A situação do ex-vereador e do ex-deputado estadual Alceu Bueno e Sérgio Assis, respectivamente, ficou ainda mais complicada após depoimento de uma das adolescentes envolvidas no esquema de prostituição e extorsão supostamente orquestrado pelos empresários Luciano Pageu e Fabiano Viana. Segundo promotor de Justiça da 69ª Vara Criminal, Fernando Zaupa, a menina confirmou fatos apurados durante investigação, como valores recebidos, datas e nomes. 

Além disso, ele afirmou que alguns ‘clientes’ sabiam que estavam se relacionando sexualmente com menores. “Isso tem controvérsia.  Eu já posso antecipar que se  alguém disse que elas se apresentaram como menores há uma fragilidade nisso. Até porque isso fato notório, os advogados de partes relataram que foi confirmada a idade menor para algumas das pessoas que elas mantiveram relação sexual”, contou.

Com fatos cada vez mais claros, Zaupa assegura que as punições estão próximas e os crimes não ficarão impunes. “O MPE já tem provas satisfatórias para que os agentes sejam responsabilizados por todos esses crimes”, disse na tarde de hoje depois de audiência sobre o caso. O advogado de Alceu, José Roberto Rosa, porém, relatou outra versão e acusou o MPE (Ministério Público Estadual) de influenciar as depoentes de ficarem contra o ex-vereador.

“Houve alguma contradição com orientação do MPE ou da acusação. Alguém orientou. Na realidade estamos tranquilos. Ele é vítima, não induziu ninguém a se prostituir, pelo contrário, ele foi vítima de extorsão. Elas confessaram a participação delas. Elas admitiram que o Luciano e o Fabiano que as induziram”, afirmou.

Zaupa, por sua vez, rebateu as afirmações de contradição. “Claro que como advogado ele vai dizer isso. Mas eu represento o MPE e as vítimas e até o momento já temos provas satisfatórias para responsabilizarmos os que cometeram os crimes”, voltou a dizer. Bueno renunciou ao mandato de vereador para evitar cassação. Ele era presidente regional do PSL e Assis do PSB, mas ambos foram expulsos das siglas depois do escândalo.


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