11/08/2015 às 08h57min - Atualizada em 11/08/2015 às 08h57min

Camelôs instalados em Avenida se sentem prejudicados por terem que deixar local

- Dourados News
Camelôs temem perder maior clientela que possuem (Foto: Gizele Almeida)

Dezenas de camelôs que estão instalados na Avenida Antonio Diniz Gonçalves, às margens da BR-163, em Nova Alvorada do Sul, se sentem prejudicados diante de determinação para que deixem o local e sigam para um camelódromo que será construído pela prefeitura local. De acordo com eles, a solicitação de saída foi feita há quatro meses pelo Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes) e pela concessionária CCR MS Via que obteve a concessão da rodovia e trabalha nas adequações na área.

Muitos dos trabalhadores estão no local há anos e com o movimento da avenida que fica no “caminho” de quem viaja para região Sudeste e Sul do país aproveitam para o comércio de variados produtos.

Alessandro Farias Ferreira, 33, há oito anos trabalha no local e teme que a clientela maior que possui - que é composta por caminhoneiros e viajantes que por ali trafegam - deixem de comprar quando se mudarem. De acordo com ele, o local oferecido pela administração ficará distante quatro quilômetros.

“O medo que temos é que o nosso público maior que é quem passa pela cidade e não quem mora aqui, não nos acompanhe. Claro que os residentes compram com a gente também, mas é bem menos e assim ninguém sabe como vai ficar quando tivermos que trabalhar mais para dentro da cidade”, destaca.

Outro ponto que de acordo com ele tem gerado insatisfação é a estrutura do camelódromo que será oferecido pelo município. Segundo eles, o espaço será menor aos trabalhadores.

“O espaço que vou ter é bem menor e com isso para começar vou ter que diminuir pela metade os produtos que ofereço. O pessoal não está contente pois, o que tem lá até agora é um barracão, parece que estão fazendo de qualquer jeito para tirar a gente daqui logo, não estão pensando no que realmente precisamos”, citou.

Para Renata Guardacioni, 32, que trabalha há três anos no local, mudar da avenida também gera preocupações. Ela cita que a informação que teriam que deixar o local é antiga mas, que agora com a determinação, tudo parece ter sido feito às pressas e não tem agradado os trabalhadores.

“Para nós isso está muito incerto, não acreditamos que será um bom ponto de venda e ao meu ver o local não está “andando” como disseram que ia ser. Há anos falam que teríamos que sair mas, agora tudo vem acontecendo às pressas”, comenta.

O Dourados News entrou em contato durante a segunda-feira (10) com a prefeitura de Nova Alvorada do Sul para saber sobre como será o novo local e como essa questão será trabalhada mas, não conseguiu contato com o órgão devido ao ponto facultativo.


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