O ex-governador André Puccinelli esteve na Câmara Municipal na manhã desta quarta-feira (19), onde participou de reunião a portas fechadas com vereadores do PMDB. Com seu Fiat Uno vermelho, mesmo modelo que ele costumava utilizar para fiscalizar ‘à paisana’ obras na época em que era prefeito de Campo Grande, André foi à Casa de Leis discutir o futuro do partido e ‘lavar a roupa suja’, tendo em vista que haverá eleições no domingo (23) que definirão o novo Diretório da sigla.
Sem causar alarde, Puccinelli chegou na Câmara por volta das 8h30 a bordo de seu Uno vermelho, estacionou o veículo na vaga para idoso – afinal, tem 67 anos -, e pegou os funcionários da Casa de surpresa. A reunião com os vereadores do partido aconteceu a portas fechadas, antes do início da sessão ordinária.
Com a exceção de Vanderlei Cabeludo e Loester, todos os vereadores do PMDB participaram do encontro. A sigla contém o maior número de vereadores na Câmara. A reunião aconteceu no local devido a impossibilidade de todos comparecerem na sede do diretório. Além disso, Puccinelli estaria descontente com a atuação do partido em Campo Grande.
Ao término do encontro, a vereadora Magali Picarelli revelou que o encontrou foi marcado para definir o futuro do Diretório Estadual, tendo em vista que a atual presidente, Carla Stephanini, está de saída do cargo.
Ex-governador foi à Câmara para acabar com vaidades no partido. (Foto: Liziane Berrocal)
Na saída do gabinete do presidente Mário César, onde aconteceu a reunião, Puccinelli resumiu o motivo de sua visita. “Eu vim aqui para conciliar, porque o PMDB estava pegando fogo. Vereador brigando com vereador, vereadora brigando com vereadora. Vim aqui para botar ordem”, afirmou.
Sobre as eleições municipais do ano que vem, André descartou a possibilidade de concorrer ao cargo que ocupou entre 1998 e 2006. “Meu candidato é o Marquinhos Trad e não falo mais sobre isso. Cabe ao diretório decidir pelo seu candidato”, pontuou.
Uno com final ’15’, número do PMDB, virou atração na Câmara. (Foto: Danilo Galvão)
Por fim, o ex-governador não quis comentar as investigações da Polícia Federal sobre a Lama Asfáltica e afirmou que os trabalhos são de responsabilidade da Justiça.
Se a chegada de Puccinelli à Câmara fora quase que imperceptível, o retorno ao seu Fiat Uno não deixou de ser notado. Prova da influência que o ex-governador ainda exerce no cenário político de Mato Grosso do Sul.
