29/08/2015 às 00h00min - Atualizada em 29/08/2015 às 00h00min

Soldado suspeito de matar namorada de 19 anos é expulso da PM

- G1

O soldado da Polícia Militar Itamar Rocha Lourenço Júnior, 21, suspeito de matar a tiros a namorada Ana Clara Cabral, 19, em fevereiro deste ano, foi expulso da corporação. A decisão foi divulgada no Boletim Geral da PM desta quinta-feira (27). Itamar respondia a um processo administrativo instaurado pela Corregedoria após ser preso pelo crime.

Ana Clara foi vista viva pela última vez ao sair de uma reunião de família em companhia do namorado, na noite do dia 4 de fevereiro deste ano. O corpo da jovem foi encontrado no dia seguinte, em uma ribanceira às margens da BR-101, na Rodovia do Contorno. A perícia da Polícia Civil encontrou cinco marcas de tiros no corpo da jovem: dois na cabeça e três nas costas.

Segundo o corregedor da PM, coronel Ilton Borges, o Comando Geral decidiu pelo desligamento do soldado por ele ter apresentado um comportamento que denegriu a imagem da instituição. “Ele não reúne qualidades que são exigidas de um policial. Queremos policiais que enalteçam, pratiquem boas ações. Obtivemos relatos, durante o processo, de que ele era extremamente violento e já teria agredido a namorada fisicamente e verbalmente. Ele não agiu como um policial”, declarou.

O corregedor informou que o envolvimento de Itamar na morte da namorada ficou comprovado pelo processo administrativo. Ele ressaltou que em nenhum momento o soldado tentou esclarecer o que aconteceu.

“Ele não demonstrou interesse em esclarecer o caso, por isso a decisão de expulsá-lo foi correta. A partir de agora, ele não é mais policial, não ostenta esta posição. É o indivíduo Itamar, que não usa farda e não recebe salário”, destacou.

A decisão rompe qualquer ligação do jovem com a Polícia Militar do Espírito Santo, mas não impede que ele preste um novo concurso público para a instituição.

Porém, o corregedor foi enfático ao dizer que o ingresso dele seria nulo. “Na Polícia Militar ele não ingressa mais”.

Apesar de não ser mais policial, Itamar, que está preso no Quartel, deve continuar no local. “A princípio ele continua no presídio militar. Se o comando achar conveniente, ele pode ser transferido, mas não é comum isso acontecer”, concluiu.


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