31/08/2015 às 07h03min - Atualizada em 31/08/2015 às 07h03min

Fazendeiros acusam guerrilheiros do Paraguai de treinar indígenas

Ocupação começou no último fim de semana e houve confronto; um índio morreu

- Correio do Estado
Indígenas teriam sido treinados por guerrilheiros (Foto: Álvaro Rezende/Correio do Estado)

Guerrilheiros ligados ao Exército do Povo Paraguaio, o EPP, organização composta por radicais de esquerda e que prega o domínio do poder pela revolução e a imposição da reforma agrária universal, estariam treinando e municiando com armas os guarani-caiuás, índios que invadiram fazendas na região do município de Antônio João, na fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai.

Índios e fazendeiros enfrentam clima tenso há dez dias, período que ocorreram sete invasões e a retomada à força de duas áreas na região, anteontem.

Na reocupação das fazendas Barra e Fronteira, um índio foi morto com tiro no rosto e outros três guarani, feridos, fugiram para a mata. 

Até o fim da tarde de ontem, eles não tinham sido localizados. Uma mulher índia e um bebê da aldeia também ficaram feridos com tiros de balas de borracha. Depois do confronto, os arredores das fazendas foram policiados por ao menos 40 homens da Força Nacional e também do Departamento de Operações de Fronteira, o DOF.

A suspeita de que o EPP estaria armando os índios é informação recorrente entre os fazendeiros, no entanto, quando o assunto é tratado oficialmente, poucos concordam em comentar o caso. “Soube disto por fonte segura, o EPP está armando os índios, financiando os índios, isto é muito provável”, disse o produtor Marcos Almirão, dono de fazenda próxima a Antônio João.


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