Gilmar Olarte, vice-prefeito afastado de Campo Grande, e João Amorim, empreiteiro, podem ser presos se Justiça acatar pedido do Gaeco (Foto: Victor Chileno)O Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) pediu ao Tribunal de Justiça a prisão do vice-prefeito afastado de Campo Grande Gilmar Olarte e do empreiteiro João Amorim. Os dois são acusados de encabeçar uma trama criminosa de distribuição de vantagens a vereadores para cassar Alcides Bernal (PP), o que aconteceu em 13 de março de 2014. Além das prisões, o Gaeco pede ainda o afastamento de 17 vereadores que estariam envolvidos no golpe. O pedido foi feito através da Procuradoria-Geral de Justiça ao desembargador Luiz Cláudio Bonassini.
A ação penal corre em segredo de Justiça. A trama está sendo investigada pela Operação Coffee Break, do Gaeco, que teve como base escutas captadas em outra operação, a Lama Asfáltica, da Polícia Federal. Nas conversas interceptadas, empresários e vereadores falam sobre a cassação de Bernal e sobre o suposto oferecimento de vantagens.
Segundo informações extra-oficiais, os vereadores alvo do pedido de afastamento são: Airton Saraiva (DEM), Carla Stephanini (PMDB), Carlos Algusto Borges, o Carlão (PSB), Chiquinho Telles (PSD), Chocolate (PP), Coringa (PSD), Delei Pinheiro (PSD), Edil Albuquerque (PMDB), Edson Shimabukuro (PTB), Eduardo Romero (PT do B), Flávio César (PTdoB), Gilmar da Cruz (PRB), Jamal Salém (PR), João Rocha (PSDB), Otávio Trad (PT do B), Paulo Siufi (PMDB) e Vanderlei Cabeludo (PMDB). Todos os vereadores votaram pela cassação de Bernal. Também estaria implicado Mário César (PMDB), presidente da Câmara Municipal, que assim como Olarte está afastado das funções públicas por decisão da Justiça. Até a publicação desta matéria não havia decisão judicial a respeito dos pedido de prisão e afastamentos feitos pelo Gaeco.
