Os ex-vereadores Gino José Ferreira, Marcelo Luiz Lima Barros, Paulo Henrique Amós Ferreira (Bambu) e Aurélio Bonatto foram citados em inquérito que seria um desdobramento da ação relacionada às denúncias reveladas durante a Operação Câmara Secreta, desencadeada em 2011 em Dourados. Os nomes deles constam numa publicação no Diário Oficial do MPE (Ministério Público Estadual) divulgado nesta sexta-feira (16).
O documento os cita como “requeridos” (ou seja, investigados) e relata que o assunto do inquérito é a apuração do “uso de dinheiro público para pagamento de empréstimo consignado e desvio de salários que deveriam ser pagos a funcionários nomeados”. O inquérito tramita na 16ª Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social da comarca de Dourados.
Esse está incluso na pauta da 32ª reunião ordinária do Conselho Superior do MPE que será no dia 20 de outubro às 8h30 ou em reuniões subsequentes. A 16ª promotoria foi procurada e informou ao Dourados News que poderá se manifestar sobre a publicação após os autos retornarem do Conselho.
O Dourados News conseguiu contato tanto com Bonatto, quanto com Bambu, que se mostraram surpresos com a citação e disseram que não tinham conhecimento de que seus nomes constavam nesse inquérito e que iriam se informar sobre o caso.
Já os ex-vereadores Gino e Marcelo Barros não atenderam às ligações na tarde desta sexta-feira.
CÂMARA SECRETA
A Operação Câmara Secreta – caso que também ficou conhecido como ‘Máfia dos Consignados – foi desencadeada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) em 2011, visando desarticular um esquema de empréstimo consignado que envolvia vereadores e servidores da Câmara.
Na ação movida pelo MPE que foi resultado direto da Operação e já tramita na Justiça, são mencionados como envolvidos no esquema apenas os ex-vereadores Humberto Teixeira Júnior e Sidlei Alves, além de servidores. Eles já respondem pelos crimes de peculato, formação de quadrilha e associação criminosa.
Recentemente a 2ª Câmara Criminal do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) expediu um parecer definindo uma nova sentença aos dois ex-vereadores. Sidlei responderia com prisão em regime semiaberto e Teixeira em regime aberto.
Mas, eles podiam recorrer ainda ao STJ (Superior Tribunal de Justiça).