Passados dois meses desde o afastamento de Gilmar Olarte da prefeitura de Campo Grande, ocorrido em 25 de agosto, o paradeiro do ex-chefe do executivo municipal segue desconhecido. O político não fez aparições públicas além de sua apresentação à polícia no início deste mês, sua prisão no Estabelecimento Penal de Segurança Máxima da Capital e sua saída, cinco dias depois. Mesmo na igreja fundada e presidida pelo prefeito afastado, a Assembleia de Deus Nova Aliança (Adna), sua presença tem sido irregular.
No último domingo, em tradicional culto, Gilmar Olarte não estava entre os cinco pastores e obreiros que pregavam e oravam a partir de um púlpito, envolvido por uma arranjo de rosas vermelhas, de plástico. As diferentes cores de paletó, gravatas e camisas que vestiam os líderes da comunidade e contrastavam com o fundo branco das paredes, desta vez, não trajavam o ex-prefeito.
Apesar do gosto pelo violão, pastor Gilmar também não compunha a orquestra da igreja, formada por cerca de cinquenta músicos que ostentavam instrumentos de metais, cordas, percussão e eletrônicos. Também habituado em cantar, até durante agendas públicas quando ainda chefiava o executivo municipal, o político não figurava atrás da fileira de três microfones, às costas do altar, dominada pelos vocalistas do grupo.