16/11/2015 às 16h30min - Atualizada em 16/11/2015 às 16h30min

Sem André, Simone e Moka, PMDB pode arriscar campanha com baixo clero

- Conjuntura Online

A indefinição ainda prevalece nos quadros do PMDB com vistas às eleições municipais de 2016 diante da recusa dos principais expoentes do partido em disputar a Prefeitura de Campo Grande.

Por causa disso, a saída do partido é participar do pleito indicando o deputado federal Carlos Marun, considerado integrante do baixo clero, para concorrer à sucessão do prefeito Alcides Bernal (PP).

Ocorre que o ex-governador André Puccinelli, principal articulador político do partido em Mato Grosso do Sul, e os senadores Waldemir Moka e Simone Tebet insistem em dizer que não desejam concorrer ao cargo em outubro do próximo ano.

No entanto, há controvérsias sobre a participação do ex-governador na campanha do ano que vem, principalmente devido à sua movimentação nos bastidores. Além de encomendar pesquisas para medir a sua densidade eleitoral, o líder peemedebista tem tido um comportamento de quem tem planos para o ano que vem, conforme analistas.

Prova disso é a participação assídua dele nas redes sociais.  O ex-governador tem usado o seu perfil no Facebook para postar fatos importantes em sua vida pessoal e na política local, além de pedir apoio a população para algumas ações sociais.

Há dias, André Puccinelli postou um vídeo em que aparece pedindo apoio de seus seguidores aos “nossos velhinhos” do Asilo São João Bosco de Campo Grande e até fez campanha para doação de sangue ao Hemosul (Centro de Hematologia e Hemoterapia de Mato Grosso do Sul).

Em uma das postagens, ele disparou críticas contra o setor de segurança pública do Estado, administrado hoje pelo seu principal adversário, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB).

O principal nome do PMDB hoje é o deputado estadual Marquinhos Trad, que já sinalizou que pretende candidatar-se por outro partido. Rebelde no grupo devido a divergências nas eleições passadas, Marquinhos tenta se abrigar no PSD do ministro das Cidades, Gilberto Kassab.

O deputado também tem espaço no PTB, presidido pelo irmão Nelsinho Trad, ex-prefeito da Capital.

Particularmente, o presidente do diretório regional do PMDB e presidente da Assembleia Legislativa, Júnior Mochi, está empenhado em indicar um nome capaz de aglutinar o apoio de outros partidos e, com isso, retomar o poder na Capital, onde o partido foi hegemônico por mais de duas décadas. 

Para os cardeais da legenda, o único nome que reúne consenso é  o do André Puccinelli, que já administrou a cidade por dois mandatos consecutivos. 

ADVERSÁRIOS

Enquanto os peemedebistas não se definem, os adversários se articulam visando a disputa pela cadeira de Bernal.

Em recente encontro, o Partido dos Trabalhadores indicou o nome do deputado federal Zeca do PT como pré-candidato a prefeito.

Embora em silêncio, a cúpula do PSDB trabalha o nome da vice-governadora e secretária de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho, Rose Modesto. Ao menos por enquanto, o alto tucanato não citou outro nome como alternativa.

Apesar de desconversar quando questionado sobre as eleições, Bernal deve concorrer à reeleição. Em entrevista ao apresentador Tatá Marques, do programa Povo na TV (SBT), na última sexta-feira, o prefeito disse que não estava tratando de campanha nesse momento, estando dedicado apenas a administração da cidade.  

O ex-presidente da Cassems (Caixa de Assistência dos Servidores do Estado de Mato Grosso do Sul) e candidato derrotado ao Senado pelo PT nas eleições de 2014, Ricardo Ayache, ensaia concorrer ao cargo pelo PSB do prefeito de Dourados, Murilo Zauith. 


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