20/11/2015 às 08h14min - Atualizada em 20/11/2015 às 08h14min

Garota de 11 anos leva surra de corda no Acre e pai alega que ela roubou dinheiro

Uma menina, de 11 anos, deu entrada no Hospital Geral de Feijó, cidade localizada há 366 quilômetros de Rio Branco, após levar uma surra do pai. O caso ocorreu na última terça-feira (17).

A garota chegou à unidade com as costas marcadas, bastante machucada, e com um dedo lesionado.

A Polícia Militar e o Conselho Tutelar foram acionados por um médico que atendeu a vítima e o pai da criança foi detido.

De acordo com o delegado Samuel Mendes, o pai, um homem de 54 anos, teria dito à polícia que bateu na filha para "discipliná-la". Ele alegou que ela saía de casa sem dar satisfações e era desobediente. 

"Segundo o pai, ele bateu nela com cordas. Ele foi preso e quando o interrogamos ele disse que bateu na intenção de discipliná-la. Além disso, no dia teria sumido um dinheiro do comércio dele, ele alegou que essa não era a primeira vez, e que filha era a única a entrar no local", disse.

Em depoimento na delegacia, pai teria dito que bateu na filha com corda para discipliná-la (Foto: Evilásio Cosmiro/Arquivo Pessoal)

Em depoimento na delegacia, pai teria dito que bateu na filha com corda para discipliná-la (Foto: Evilásio Cosmiro/Arquivo Pessoal)


Em depoimento na delegacia, pai teria dito que
bateu na filha com corda para discipliná-la
(Foto: Evilásio Cosmiro/Arquivo Pessoal)

O pai da menina foi liberado e deve responder por crime de maus-tratos. A menina passou por exame de corpo de delito e, após receber alta médica, foi encaminhada ao Conselho Tutelar. 

Ainda de acordo com o delegado, a criança ficou com muitas escoriações nas costas. Um dos dedos dela estava "trincado", mas ela disse que havia sido durante uma queda.

"Ela disse que realmente desobedeceu o pai, mas sobre o dinheiro ela não falou nada. O pai foi submetido a todos os procedimentos cabíveis. O pai vai responder por crimes de maus-tratos e deve se apresentar a Justiça", finaliza.

Menina deve passar por acompanhamento psicológico
O conselheiro Ronaldo Nascimento, que acompanha o caso, disse que a criança foi encaminhada para a casa da mãe pelo Conselho Tutelar do município e deve receber acompanhamento psicológico.

"Depois do corpo de delito e de comprovadas as agressões, ela foi levada para a casa da mãe, já que os pais são separados. Uma assistente social deve acompanhá-la", explica.

O G1 tentou entrar em contato por telefone com o médico que fez a denúncia, mas não foi atendido.


Link
Notícias Relacionadas »