24/11/2015 às 15h33min - Atualizada em 24/11/2015 às 15h33min

PF investiga repasses à Usina de Bumlai em Dourados que já havia ingressado com pedido de falência

Segundo a imprensa nacional, nesta etapa, o caso pode chegar a atingir Lula e, também, prejudicar a presidenta Dilma

- DOURADOS AGORA

A 21ª fase da Operação Lava Jato, que cumpre hoje mandados de prisão, busca e apreensão em Mato Grosso do Sul, investiga o empréstimo de recursos, através do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) à Usina São Fernando, que tem como maior acionista o empresário José Carlos Bumbai, amigo do ex-presidente Lula.

A PF está desde cedo na empresa, localizada na rodovia MS-379 entre Dourados e Laguna Carapã. Advogados da Usina acompanham a ação da PF que cumpre dois mandados de busca.

A Operação coordenada pelo Juiz Sérgio Moro investiga suposto repasse de recursos à Usina que teria ingressado com pedido de falência junto à 5ª Vara Cível de Dourados. Segundo a imprensa nacional, nesta etapa, o caso pode chegar a atingir Lula e, também, prejudicar a presidenta Dilma.

Conforme noticiado pelo DouradosAgora, Bumlai foi preso no início da manhã de hoje durante a 21ª fase da Operação Lava Jato que leva o nome de "Passe Livre".

Bumlai iria depor hoje, às 14h30, na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do BNDES, na Câmara dos Deputados, que investiga operações envolvendo o banco estatal.

A Operação Passe Livre também investiga indícios de fraude em licitação na contratação de navio sonda pela Petrobras. Estão sendo cumpridos, nesta terça-feira, 25 mandados de busca e apreensão, um mandado de prisão preventiva e seis mandados de condução coercitiva em São Paulo (SP), Lins (SP), Piracicaba (SP), Rio de Janeiro (RJ), Campo Grande (MS), Dourados (MS) e Brasília (DF).

Segundo a PF, “complexas medidas de engenharia financeira foram utilizadas pelos investigados com o objetivo de ocultar a real destinação dos valores indevidos pagos a agentes públicos e diretores da estatal”.

Participam da operação, 140 policiais federais e 23 auditores fiscais. Os investigados nesta fase responderão pela prática dos crimes de fraudes a licitação, falsidade ideológica, falsificação de documentos, corrupção ativa e passiva, tráfico de influência e lavagem de dinheiro.


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