30/11/2015 às 09h40min - Atualizada em 30/11/2015 às 09h40min

Justiça nega pedido de Muricy para penhora da premiação do Santos

Em guerra na Justiça com o Santos desde o começo do ano por conta de dinheiro não recebido na época de sua saída da Vila Belmiro, o técnico Muricy Ramalho solicitou agora a penhora da premiação do time alvinegro na Copa do Brasil, seja como campeão ou vice do certame, conforme apuração do ESPN.com.br.

No começo do ano, a CBF decidiu que o vencedor do torneio embolsa R$ 7,95 milhões, enquanto o vice leva R$ 2 milhões a menos.

No entanto, pelo menos a princípio a equipe da Vila não precisa se preocupar.

O juiz Dario Gayoso Júnior, que tem julgado a ação movida pelo treinador, deu uma primeira decisão favorável ao Santos, baseada e uma liminar obtida pelo clube praiano anteriormente que já impediu Muricy de receber penhora na premiação do título paulista do time alvinegro.

Dessa vez, o tribunal entendeu que o pedido para bloquear o dinheiro da Copa do Brasil não pode ser atendido pois desrespeitaria a liminar relativa à grana oriunda do troféu do Paulistão, já que o fundamento é o mesmo (penhora de prêmio).

A decisão da Justiça é da última sexta-feira, e ainda manda Muricy aguardar para que a ação aberta contra o Santos de R$ 1,3 milhão espere o julgamento definitivo do agravo.

Em setembro, o clube alvinegro já tinha obtido vitória nos tribunais impedindo o bloqueio de suas contas. O mesmo ocorreu semanas antes, quando reverteu decisão inicial apoiado em liminar e evitou a perda da premiação de R$ 3 milhões pelo título estadual.

O clube alegou falta de verba para quitar obrigações de natureza salarial. Anteriormente, a FPF tinha depositado os números em juízo após a penhora emitida pela Justiça na premiação do clube, que bloqueou duas contas de R$ 586.260,87 e R$ 714.689,13.

O Santos reverteu a decisão com o recurso. O desembargador James Siano decidiu favorável ao agravo de instrumento com urgência feito pelo Santos, que pedia a suspensão da liminar que liberava a penhora sobre os ativos financeiros do clube.

O treinador foi demitido em 31 de maio de 2013, e o Santos ficou de desembolsar R$ 481.301,92 às suas empresas e mais R$ 2.601.900,00 ao treinador como forma de rescisão. Contudo, parou de pagar as cinco últimas parcelas acordadas, contabilizadas em R$ 260.190,00 cada.

A dívida com o técnico é de exatos R$ 1.300.950,00, mais os custos advocatícios.

Neste ano, o clube da Vila Belmiro enfrentou vários problemas judiciários e perdeu jogadores como Aranha, Arouca e Mena por meio do Poder Judiciário. O atacante Leandro Damião, emprestado ao Cruzeiro, é outro que tenta rescindir judicialmente por conta de atrasos salariais, mas recentemente também perdeu ao exigir a rescisão imediata e terá que aguardar até o desfecho do processo, o que pode levar anos.


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