16/12/2015 às 17h22min - Atualizada em 16/12/2015 às 17h22min

Polícia investiga se houve erro médico em morte de bebê em Campo Grande

Mãe da vítima relatou que bebê morreu depois de receber medicação no Hospital Regional

- Correio do Estado

Família de Campo Grande acionou a Polícia Civil depois da morte de um bebê com apenas cinco dias de vida. A suspeita é a de que a menina tenha morrido vítima de um erro médico. O corpo foi exumado no Cemitério Memorial Parque na manhã desta quarta-feira (16) e o caso está sendo investigado pela Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA).

À reportagem do Portal Correio do Estado, Karina Portilho de Souza contou que  a filha deu entrada no Hospital Regional no dia 28 de novembro, com febre e tosse. A menina foi submetida a exame de raio-x em que duas manchas no pulmão dela foram observadas, dando indícios de que estava com pneumonia.

O bebê foi levado para uma sala para aplicação de medicamento intravenoso e ao retornar começou a passar mal.  Apesar da tentativa de reanimação, a menina não resistiu e morreu vítima de parada cardiorrespiratória. 

Desconfiada, Karina procurou a Associação de Vítimas de Erros Médicos de Mato Grosso do Sul (Avem-MS) e registrou boletim de ocorrência na polícia. "Tudo começou com essa medicação", lamenta. O remédio a que ela se refere é oxacilina. 

A mãe procurou o hospital para solicitar a receita médica, mas foi informada de que o documento não foi encontrado. O presidente da Avem, Valdemar Moraes, também solicitou a receita médica e disse ter recebido a mesma resposta. 

Valdemar informou que vai acionar o Ministério Público amanhã para conseguir ter acesso a essa receita médica. "Pode ser que esse remédio tenha matado a menina. Vou acionar o MP e pedir para a promotoria se manifestar sobre a questão".

O caso foi registrado no último dia 3 de dezembro e de acordo com o delegado responsável, Paulo Sérgio Lauretto, as pessoas envolvidas devem ser chamadas para prestarem esclarecimentos nos próximos dias. 

A assessoria de imprensa do Hospital Regional informou que uma sindicância foi aberta no dia 8 de dezembro, apesar de a família não ter procurado a ouvidoria do hospital. Eles disseram ter tomado conhecimento do caso por meio da imprensa e negam a recusa do hospital em entregar a receita médica.


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