Portaria da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil publicada na edição desta quinta-feira (17) do Diário Oficial da União reconhece a situação de emergência em 14 das 22 cidades de Mato Grosso do Sul que decretaram o estado em razão dos estragos provocados pelas fortes chuvas que vem ocorrendo desde o fim de novembro.
Segundo a portaria, foi reconhecida a situação de emergência nas cidades de: Amambai, Aral Moreira, Caarapó, Coronel Sapucaia, Eldorado, Iguatemi, Itaquiraí, Japorã, Juti, Naviraí, Novo Horizonte do Sul, Paranhos, Sete Quedas e Tacuru. Esse quadro já havia sido homologado por decreto da Defesa Civil Estadual na semana passada.
Além desses 14, outros seis municípios decretaram o estado de emergência e formalizaram a situação com a Defesa Civil estadual: Bela Vista, Jardim, Mundo Novo, Deodápolis, Fátima do Sul e Caracol. Os municípios de Laguna Carapã e Campo Grande declararam emergência, mas não foram reconhecidos pelo órgão estadual.
Nas 20 cidades listadas pela Defesa Civil, foram contabilizadas 120 famílias desabrigadas, 189 desalojadas, 21 rodovias estaduais danificadas, 119 rodovias municipais afetadas e 48 pontes de estradas municipais destruídas, entre outros estragos.
Em Caracol, por exemplo, que fez a publicação do decreto na terça-feira (15), o prefeito Manoel dos Santos Viais (PT) apontou como justificativa para a situação a ocorrência de alagamentos, erosões e os danos a estradas, rodovias, pontes e vias públicas urbanas.
Ele apontou que grande parte das estradas existentes na zona rual do município estão intransitáveis. A emergência foi decretada, conforme o gestor, para garantir a segurança da população, com a construção e recuperação de pontes e estradas.
A Cedec-MS (Coordenadoria Estadual de Defesa Civil) analisa a situação de seis municípios que decretaram emergência. O diretor do órgão, Isaías Bittencourt, garantiu ao G1 que nenhuma cidade ficará sem assistência.
“[Os municípios] estão sendo assistidos com ajuda humanitária. No tocante ao estado de emergência, o estado aprecia a homologação [do estado de emergência]”, explicou. O prazo para que o governo do estado se posicione sobre o estado de emergência é de um mês. Mais kits, com colchões e lençóis, além de material de higiene e limpeza, serão enviados para todos os municípios afetados.
Outros dois municípios também afetados pelas fortes chuvas, decretaram o estado, mas ainda não houve o reconhecimento por parte do governo do estado: Campo Grande e Laguna Carapã.
No caso da capital do estado, a chuva de 5 de dezembro teve ventos de até 42 quilômetros por hora causou alagamentos, estragos e inundações em 17 pontos da cidade. O Corpo de Bombeiros registrou cerca de 20 chamados, sendo sete emergenciais.
Também foi registrado uma morte no córrego Anhanduizinho. A perícia esteve no local e a informação é que a vítima caiu com a enxurrada e o corpo foi encontrado a metros de distância. A vítima ainda não foi identificada. Os bombeiros também fizeram o escoamento da água em casas alagadas.
Sobre a situação de Campo Grande, a Defesa Civil acredita que a capital do estado tenha condições de reparar os estragos com recursos próprios. “Estamos aguardando o pronunciamento [da prefeitura de Campo Grande], mas cremos que a cidade pode dar uma resposta inicial [para reparar os estragos]. As chuvas trouxeram danos específicos que o município aparentemente dá conta de responder”, explicou o coordenador do órgão na quarta-feira.