Um plano piloto para para combater o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya deve ser criado pelo Governo do Estado de Mato Grosso do Sul. Foi realizada nesta segunda-feira (28), uma reunião com prefeitos e secretários dos municípios polos que irão participar, São Gabriel do Oeste, Maracaju, Bataguassu, Bonito, Costa Rica e Taquarussu.
O objetivo é usar tecnologia e informação para evitar uma epidemia das doenças, em especial a zika, associada à microcefalia. Serão distribuídos para esse combate nos municípios 260 tablets vindos da Receita Federal. Os agentes de endemias usarão os equipamentos para se comunicar em tempo real com a Sala de Situação, que fica no Parque dos Poderes.
Por meio da tecnologia GPS será possível verificar se o agente realmente visitou o domicílio. E para incentivar esse trabalho de campo, o Governo estuda fazer um pagamento por produtividade aos agentes de endemias.
“Estamos potencialmente a frente de uma calamidade”, alertou o secretário de Estado de Saúde, Nelson Tavares. A estratégia é aperfeiçoar a qualidade das visitas dos agentes comunitários, de saúde e de endemias aos 850 mil domicílios de Mato Grosso do Sul.
Tavares explicou a urgência das ações contra o mosquito e disse ter esperança de que a sociedade irá se mobilizar quando tomar consciência do tamanho do problema. “Não podemos esperar fevereiro ou março para se mobilizar”, afirmou. A guerra contra o mosquito depende da participação de todos, que não podem deixar água parada permitindo a reprodução do vetor.
Para o secretário de Saúde, a Zika poderá ser protagonista da maior epidemia de saúde pública dos últimos 100 anos, superando as epidemias de Aids e de poliomelite no século passado.
Prefeito de São Gabriel do Oeste, Adão Rolim contou que já está intensificando as ações para exterminar o mosquito. “Temos focos em todos os municípios. A situação em São Gabriel do Oeste ainda não é alarmante, mas considerando toda a gravidade dessas doenças já fizemos uma reunião com todos os agentes que terão todas as condições de notificar e multar quem colocar a vida dos outros em risco. A cada seis meses passamos recolhendo os entulhos, mas agora vamos intensificar isso. A partir do dia 4 vamos fazer uma grande operação de limpeza”, disse.
O Governo ainda vai investir em campanhas para conscientização da população, com cartazes, folhetos, adesivos (para casa e carro), faixas, uso em mídias sociais, e spots em rádios. “A intenção não é deixar a população apavorada, mas mostrar e sensibilizar para o risco da doença. Vamos usar todas as ferramentas para levar a informação à população”, afirma o subsecretário de Comunicação, Rodrigo Mendes.