O Santos conseguiu reverter a decisão que liberou o atacante Leandro Damião, em disputa jurídica que se arrasta desde o início do ano passado. Em dezembro, o jogador conseguiu uma liminar que encerrava seu vínculo com o clube, mas nesta segunda-feira o TRT (Tribunal Regional do Trabalho) de São Paulo concedeu medida cautelar que obriga o atleta ou a equipe que o contratar a indenizar os paulistas em até R$ 870 milhões.
O valor é o previsto no contrato do atacante para transferências internacionais, de 200 milhões de euros – para o mercado nacional a rescisão é de R$ 200 milhões. A informação foi publicada pela ESPN, e confirmada pelo GloboEsporte.com.
Segundo o advogado Matheus Corrêa da Veiga, que representa o Santos, a decisão é do juiz plantonista Celso Ricardo Peel Furtado de Oliveira, do tribunal paulista.
– A cautelar foi protocolada na semana passada e o juiz despachou ontem (domingo) à noite. Se o Leandro Damião quiser ir para qualquer clube, tem que pagar a rescisão do contrato. Se a decisão for desobedecida, a Justiça pode determinar o bloqueio de bens dos jogador e obrigar o clube contratante a ser solidário à dívida – explicou Veiga.
O processo ainda não se encerrou. Em junho, a 4ª Vara do Trabalho de Santos determinou a rescisão por atrasos nos pagamentos do jogador, mas ela só vale quando todos os recursos estiverem esgotados. Em dezembro, porém, Damião conseguiu liminar no TST (Tribunal Superior do Trabalho), que o liberou para acertar com qualquer outra equipe.
De acordo com Veiga, já foram expedidos ofícios para a CBF e a Federação Paulista de Futebol sobre a nova decisão, que ainda pode ser reformada. A cautelar esfria a negociação de Damião, que em 2015 defendeu o Cruzeiro, com o Galatasaray, da Turquia. Ela não impede, porém, que os turcos façam uma proposta e entrem em acordo com o Santos. Ele também conversava com o Internacional sobre um retorno ao Beira-Rio.
