22/01/2016 às 13h54min - Atualizada em 22/01/2016 às 13h54min

Em meio à polêmica envolvendo militares, comando orienta policiais sobre ocorrências

Decisão saiu depois da prisão de três policiais suspeitos de agredirem adolescente

- Correio do Estado
Documento foi assinado ontem (20) e enviado para comandos (Foto: Divulgação)

Em meio à polêmica do suposto envolvimento de servidores da segurança pública em agressão de adolescente, o comando da Polícia Militar determinou medidas que devem, obrigatoriamente, ser seguidas antes e durante atendimentos a ocorrências. A decisão foi assinada ontem (20) e encaminhada aos três comandos de Campo Grande: Metropolitano, Especializado e da Área Central.

No texto, o comandante da instituição, Deusdete Souza de Oliveira, determina que guarnições sejam orientadas sobre direitos e garantias individuais, procedimentos e demais temas pertinentes ao serviço, antes de sair às ruas. Também obrigada o acompanhamento de oficiais (superiores a tenente, que são responsáveis pelas equipes) em ocorrências de repercussão, como troca de tiros, por exemplo.

Em nota, a assessoria de imprensa da PM informou que a determinação, somente,  reforça parâmetros que já existem.

“É praxe na Polícia Militar de Mato Grosso do Sul o acompanhamento de oficiais sempre que possível em todas as situações de vulto, e não de vulto também. As preleções e instruções à tropa também já eram feitas. No entanto, foi reforçado que haja maior frequência na tratativa e na abordagem de assuntos vinculados a direitos e garantias fundamentais, bem como demais assuntos pertinentes à atuação dos policiais militares”, diz o esclarecimento.

Na avaliação do presidente da Associação de Cabos e Soldados (ACS) Edmar Soares, trata-se de regra de proteção. “A orientação é para proteger a instituição. Na minha opinião, oficial tinha que ter em cada viatura. É um homem a mais para a segurança”, pontuou.  

CASO 

Os policiais militares Larissa Melgarejo Zapatta, Ivanderson Zanardi Aguirre e Ivan Luiz da Silva, estão presos no Presídio Militar da Capital, por serem suspeitos de agredir um adolescente de 15 anos, durante abordagem, na terça-feira (19). Segundo o menor, ele teria sido levado para casa abandonada no Bairro Sílvia Regina, e agredido com pedaço de madeira durante horas.

As prisões geraram revolta em colegas de farda que, desde o episódio, protestam pelas liberdades.


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