03/02/2016 às 15h07min - Atualizada em 03/02/2016 às 15h07min

Suspeito de degolar jovem na Praça do Rádio ameaçou matar todos os conhecidos dela

- Mídia Max

Kielvnn de Morais, de 24 anos, confessou o homicídio de Thais Giedry Borges dos Santos, de 22 anos, por telefone para a sogra, mãe de Iris Adriana Barbosa da Silva, também de 22 anos. O homicídio ocorreu na noite do dia 31 de janeiro, na Praça do Rádio Clube, em Campo Grande.

Segundo o delegado Bruno Urban, da 1ª Delegacia de Polícia Civil da Capital, onde o caso foi registrado, a mãe de Thais foi chamada nesta quarta-feira (3) para ir ao Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal). Segundo o delegado, será coletado sangue da mãe de Thais para que seja feito exame que comprove se o sangue da faca apreendida com o casal de suspeitos é o da vítima.

Além disso, segundo o delegado, esse exame será feito apenas para que não restem mais dúvidas. O celular da mãe de Thais foi apreendido, além do aparelho da mãe de Iris. Segundo a polícia, em ligações após o crime ter ocorrido, Kielvnn confessou o crime.

Em uma das ligações, de acordo com a polícia, Iris dizia para a mãe que estava tudo bem, mas o marido tomou o celular das mãos dela e afirmou para a sogra que havia matado Thais. Ele ainda teria dito que mataria todas as pessoas que tinham contato com Thaís nas redes sociais.

Thais foi morta degolada por Kielvnn que, junto com Iris, tramou o assassinato da jovem. O motivo da emboscada feita mediante ameaças de morte era por ciúmes de Iris que, mesmo casada com Kielvnn, vinha de Ribas do Rio Pardo para se encontrar com Thais.

Agressão

De acordo com o delegado Bruno Urban, Iris já tem passagem pela polícia por agressão física. O caso foi registrado em 2013, ocasião em que Iris agrediu Thais e também a mãe da jovem, que tentava separar a briga. As duas voltaram a se falar depois disso e Thais foi chamada para ser madrinha da filha de Iris, que tem 9 meses e deve ficar sob a guarda da avó materna.

Relembre o caso

Após envolvimento com Thais, Iris foi morar em Ribas do Rio Pardo onde trabalhou como garota de programa. Na cidade, a jovem conheceu Kielvnn com quem casou e assim deixou de fazer programas. Porém, mesmo casada, Iris trocava mensagens e se encontrava com Thais na Capital.

Kielvnn descobriu as mensagens que ambas trocavam e começou a ameaçar Iris. Sob ameaças de morte, de acordo com a polícia, Iris alega que foi obrigada a forjar um encontro com Thais na Praça do Rádio Clube.

Os dois vieram para Campo Grande em uma moto Yamaha Fazer junto com a bebê de nove meses. O casal chegou na noite deste domingo, e foram para a praça. Lá, Iris ligou para Thais e disse que estava com a filha de nove meses, afilhada de Thais. Iris contou que a menina estava doente e gostaria que ela visse a criança. As duas conversavam em um banco, em um local sem iluminação, quando Kielvnn chegou por trás, pegou no cabelo de Thais e a degolou.

A jovem ainda tentou correr em direção a Afonso Pena, porém caiu já morta antes de chegar na Avenida. Após o crime, os dois, com a filha, voltaram para Ribas aonde chegaram por volta das duas horas da manhã. O casal então passou na casa de dois conhecidos, e, em uma delas, Kielvnn pegou roupa emprestada e escondeu a faca em um barraco, na frente da residência.

Posteriormente eles foram pra uma chácara que fica a cinco quilômetros da zona urbana de Ribas. De acordo com a Polícia Civil, o dono da fazenda não sabia sobre o crime. A polícia chegou até o casal, após a mãe de Iris contar que Kielvnn tinha ciúmes de Thais e inclusive já havia ameaçado matar Thais e outros dois amigos da Iris.

Após conversarem com a mãe de Iris, as equipes de investigação localizaram as pessoas que deram cobertura ao casal em Ribas do Rio Pardo. Eles responderão por favorecimento pessoal.

Na chegada da polícia na fazenda, os dois correram e Kielvnn, conforme o relato policial, usou a filha de nove meses como “escudo”, com medo de ser atingido por algum tiro. Os dois foram presos e levados para a Primeira Delegacia da Capital. O casal responderá por homicídio qualificado que dificultou a defesa da vítima por emboscada e concurso de pessoa.


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