01/03/2016 às 15h41min - Atualizada em 01/03/2016 às 15h41min

Polícia prende dupla de bandidos especializada em explosão de bancos

Envolvidos tinham equipamento para abrir diversos caixas eletrônicos.

- Conjuntura

A polícia de Campo Grande prendeu uma dupla de bandidos especializada em explodir terminais de agências bancárias em Mato Grosso do Sul. 

 

Acusados de furtarem R$ 10,9 milhão de um caixa eletrônico da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), os envolvidos tinham equipamento para praticar esse tipo de crime, segundo informou o delegado Edilson dos Santos, titular da Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros), em entrevista ao portal de notícias G1.

 

A polícia descobriu que a organização criminosa chegou ao estado recentemente e possuía equipamento para atuar como “clínica geral” em bancos. O termo, conforme a investigação, é usado para dizer que os envolvidos tinham de explosivos a solda de oxigênio para abrir os terminais.

 

“As buscas foram realizadas em Santa Catarina, já que a investigação apontou que eles residem em Joinville. Dois foram presos em suas residências e quando chegamos na casa do terceiro suspeito não o encontramos, porém os objetos do crime estavam todos lá. Eles possuem todo um aparato para explodir terminais”, explicou o delegado, ainda segundo o G1.

 

Entre os equipamentos, de acordo com a polícia, está uma furadeira avaliada em R$ 10 mil. “É a chamada serra copo, no qual eles usam para uma rápida ação. No caso da universidade, por exemplo, eles fizeram uma base com três furos e abriram exatamente o compartimento com o dinheiro”, comentou o delegado Fábio Peró, responsável pelas investigações.

 

Desde a data do fato, na UFMS, a polícia começou a analisar as imagens.  Eles entraram no local como se fossem estudantes, usando inclusive mochilas nas costas. Os suspeitos então trocaram a fechadura do banco e, posteriormente, retornaram para concluir a ação.

 

Uma semana após o ocorrido, dois homens fugiram com o veículo já apreendido enquanto outros dois viajaram para Santa Catarina de avião. “Enquanto dois deles funcionavam como olheiros, outros dois executavam a ação. Eles vão para o furto, mas também estão preparados para o roubo”, afirmou ao G1 o delegado.

 

Rafael José da Silva e Eduardo de Mira, que já possuem passagem por tráfico, furto e roubo, vão responder por associação criminosa e furto qualificado. Questionados, eles disseram que vão responder somente em juízo. Além deles, a polícia prendeu temporariamente duas mulheres que alugaram casa aos suspeitos. Elas prestaram depoimento, colaboraram com a investigação e a preventiva não foi decretada.

 

“As mulheres alugaram o apartamento para os suspeitos e uma delas contou inclusive que era a segunda vez que um dos suspeitos ficou no local. No entanto, a participação delas no crime não foi comprovada. Outros dois homens seguem foragidos e ainda não vamos divulgar os nomes para não atrapalhar a investigação”, ressaltou.

 

Outros casos

 

Além da ocorrência na UFMS, o Garras ainda investiga outros três casos em Taquarussu, Dourados e Jaraguari. Os casos ocorreram de setembro a dezembro de 2015 e, em um deles, um vigia foi rendido e amarrado.

 

“A suspeita é que os homens também tenham sido os responsáveis pelos crimes nestes locais. Nós acreditamos que um deles tenha grande conhecimento bancário ou então seja ex-funcionário de um banco em específico”, disse Peró.


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