05/03/2016 às 09h57min - Atualizada em 05/03/2016 às 09h57min

Polícia descobre grande esquema de furto e venda de celulares na Capital

Pelo menos quatro lojas revendiam celulares furtados

ALINY MARY DIAS - Correio do Estado

Mais de 40 celulares furtados foram recuperados pela Polícia Civil em operação feita na tarde de ontem (4), em várias lojas de Campo Grande. Cinco pessoas foram presas por participar de esquema que consistia em furtar ou desviar celulares de malotes de empresas e revender em lojas e box do Camelódromo da Capital.

De acordo com a Polícia Civil, a investigação começou depois que representantes da empresa Energisa procuraram a polícia para denunciar furtos de celulares da empresa.

Com número de série dos aparelhos em mãos, investigadores fizeram buscas no site OLX e encontraram anúncio de um dos celulares. O responsável pela venda era Ashraf Zaidan Ali Abu Jaish, de 31 anos, que possui um box no Camelódromo de Campo Grande.

Disfarçados, os investigadores foram até o box e fingiam estar interessados nos celulares. Chegando lá, foram atendidos por Muhammad Asim, de 34 anos, sócio de Ashraf.

O rapaz ofereceu aos policiais um aparelho semelhante ao furtado da empresa Energisa. Os investigadores se mostraram interessados em outros celulares e o rapaz ligou para seu sócio. Ashraf foi até o box e levou outros modelos de celulares para os policiais disfarçados. Os aparelhos eram os mesmos furtados. Os dois foram presos.

Desconfiando de que o esquema era ainda maior, os policiais fizeram com que os sócios os levassem até outra loja, localizada na Rua Dom Aquino, onde estava Kamel Moh'D Said, de 47 anos.

No estabelecimento os policiais encontraram 16 aparelhos furtados e em uma terceira loja, na Avenida Afonso Pena, foram encontrados outros três celulares furtados.

Kamel disse aos policiais que comprou os aparelhos de Cidcley Cavano, de 30 anos, que tem uma loja na Rua 13 de Maio, também no Centro. Lá os policiais encontraram outros aparelhos. Cidcley também afirmou aos investigadores que comprou os celulares de outra pessoa, Plinio Lopes da Silva, de 56 anos.

Cidcley afirmou aos policiais que Plinio havia oferecido a ele outros 30 celulares da marca Positivo. Na casa dele, na Avenida Duque de Caxias, havia os 30 celulares da Positivo e outros 50 dentro de um malote.

Plinio, que trabalha em empresa de entregas, disse à polícia que os aparelhos pertenciam a malote que seria entregue nas Casas Bahia, no entanto, ele subtraía alguns dos aparelhos e depois registrava ocorrência de extravio na polícia.

Os cinco presos foram levados para a delegacia e além dos aparelhos apreendidos, um revólver calibre .38 e 79 munições foram encontradas na casa de Cidcley. Todos responderão receptação, associação criminosa, contrabando e posse irregular de arma de fogo.


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