08/03/2016 às 11h00min - Atualizada em 08/03/2016 às 11h00min

Clima é tenso em área invadida por índios em Dourados e polícia teme conflito

O clima ainda é preocupante nas duas áreas invadidas, a Polícia Militar esteve no local na tarde de segunda-feira (07), para dar apoio a Policia Federal- Foto- Osvaldo Duarte

A situação ainda é tensa nas duas áreas particulares localizadas às margens da Perimetral Norte, em Dourados, que foram invadidas durante o fim de semana por aproximadamente 65 famílias indígenas. A Polícia Militar teme que possa acontecer conflitos no local, já que os indígenas estão armados e muito agitados.

Segundo o comandante do 3º Batalhão de Polícia Militar em Dourados, tenente-coronel Carlos Silva, a situação é crítica e na tarde de ontem a guarnição que estava no local chegou a ser ameaçada.

"O clima ainda é muito tenso, os indígenas estão muito agitados e armados com foices e facões e fazendo ameaças. Na tarde de ontem (07), quando a Polícia Federal solicitou o nosso apoio, a situação era bem complicada, não conseguimos diálogo com eles e se continuar desse jeito pode ocorrer conflitos. A nossa guarnição foi ameaçada e foi necessário uma postura defensiva", comentou.

De acordo com o tenente-coronel, entre as alegações os invasores ‘gritavam’ que não deixarão o local, pois falam que a terra é dos indígenas.

Ao todo foram duas áreas invadidas no local, que são particulares. O tenente-coronel contou que os proprietários já haviam feito um registro policial sobre a invasão, e provavelmente acionariam a justiça federal já que se trata de conflitos por terra e com indígenas. Devido ao clima de ameaças uma senhora acabou deixando o local.

"Sei que os proprietários já registraram o fato na Polícia Civil, e acredito que devem acionar a Justiça Federal. Como o clima é preocupante, uma senhora deixou a casa em que mora sozinha, por temer as ameaças", disse.

MS-156

Próximo da área invadida, indígenas das aldeias Bororó e Jaguapiru voltaram a se reunir no trevo de acesso à Reserva Indígena de Dourados, na MS-156. Segundo eles, existe a possibilidade de um novo ato no local após as obras emergenciais realizadas na região para a drenagem das águas que se acumularam e alagaram casas próximas à rodovia.


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