10/03/2016 às 15h10min - Atualizada em 10/03/2016 às 15h10min

Copiloto é preso após pane em avião cheio de droga, avaliada em R$ 10 milhões

Carga de cocaína pura apreendida está avaliada em R$ 10 milhões.

- G1

Depois de fazer pouso forçado em uma plantação de soja, no município de Vale do São Domingos, a 491 km de Cuiabá, nesta quarta-feira (9), o piloto de um avião que transportava 442 kg de cocaína pura abandonou o copiloto na aeronave, que foi preso em flagrante. Ele disse à polícia que a droga seria levada até uma fazenda em Cáceres, a 220 km de Cuiabá, ainda na região de fronteira com a Bolívia.

O piloto do avião fugiu levando o GPS, para tentar dificultar a identificação da rota. No entanto, deixou a chave da aeronave na ignição, segundo a polícia. O copiloto de 57 anos não deixou a carga e o avião, que tinha sido fretado, disse a Polícia Civil.

O suspeito já tinha sido preso em 2013 pela Polícia Federal com um avião com drogas, em Colíder, a 650 km a Norte de Cuiabá. O tráfico de aeronaves na região já vinha sendo investigado pela polícia.

Os moradores da Fazenda São Paulo, onde foi feito o pouso forçado, comunicaram o caso à polícia.

O delegado da Polícia Civil, Vitor Chab, de Pontes e Lacerda, a 483 km da capital, informou que o piloto parou na propriedade rual para abastecer o avião e ao levantar voo perdeu o controle do avião, supostamente por problemas mecânicos na aeronave, sendo necessário fazer pouso forçado.

"Na segunda entrevista preliminar, o suspeito que está preso disse que saiu do município de Bela Vista, em Mato Grosso do Sul, e iria para uma fazenda nas proximidades de Cáceres, mas ainda estamos checando essa informação", disse o delegado. O piloto é natural de Belém (PA).

Carregamento de cocaína foi apreendido pela Polícia Militar (Foto: Divulgação/Polícia Civil de Mato Grosso)

Carregamento de cocaína foi apreendido pela Polícia Militar (Foto: Divulgação/Polícia Civil de Mato Grosso)


Carga de cocaína em sacos estava sendo transportada em avião. (Foto: Divulgação/Polícia Civil de Mato Grosso)

A droga foi levada para Pontes e Lacerda, onde foi incinerada em uma olaria. "Essa droga deve valer mais de R$ 10 milhões", afirmou.

O delegado de Comodoro, a 677 km de Cuiabá, André Ribeiro, informou ter recebido denúncias de tráfego aéreo de aviões e que o caso vinha sendo monitorado. "Recebi a informação de que essa região era usada como arremesso de droga e pouso de avião. Vamos continuar monitorando essa região", frisou.

O avião foi retirado da lavoura e levado para a sede da fazenda. Porém, deve ser levado para o hangar da Secretaria Estadual de Segurança Pública, no aeroporto Marechal Cândido Rondon, em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, por uma equipe do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer).

O proprietário da aeronave, que mora em Cuiabá, se apresentou à polícia, na Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes (DRE), na capital, e, em depoimento, alegou que tinha fretado a aeronave. Também apresentou contrato de compra e venda do avião.


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