21/03/2016 às 16h44min - Atualizada em 21/03/2016 às 16h44min

Bíblia que resistiu a incêndio compõe altar de brasileiras mortas no Japão

Maria voltou para Campo Grande depois de temporada no Japão

- Correio do Estado
Maria voltou para Campo Grande depois de temporada no Japão

Maria Aparecida Amarília Scardin, 50 anos, encerrou a primeira etapa de um longo sofrimento que durou 82 dias. Trouxe na bagagem uma bíblia, único item que resistiu ao incêndio depois das duas filhas serem mortas por estrangulamento, no Japão. As netas, de três a cinco anos, permanecem sob os cuidados do governo japonês.

O altar, em memória de Akemy e Michelle Maruyama, foi montado com fotos, flores e as urnas funerárias. Em seu retorno a Campo Grande, nesta segunda-feira (21), Maria expressou a intenção de construir um memorial no cemitério do Cruzeiro. Enquanto esteve na Terra do Sol Nascente, ela não pode ver as netas, porém busca suporte jurídico para conquistar a guarda delas.

Para a amiga Maria Valentina, o momento é de agradecer quem contribuiu para que a mãe pudesse ir até o Japão buscar o corpo das filhas. O próximo passo será, justamente, a busca pela guarda das crianças que por lá ficaram em um abrigo. 

CASO

As irmãs Akemy e Michelle, de 27 e 29 anos, foram assassinadas em dezembro na cidade japonesa de Handa, a 330 quilômetros de Tóquio. O peruano Tony La Rosa, ex-marido de Akemy, seria o autor do crime. Ele foi preso, mas não indiciado pelas mortes.

Maria Aparecida, assim como os pais do peruano, requerem a guarda das filhas do ex-casal. Todas as solicitações de visita as meninas de três e cinco anos foram negadas pelo governo japonês. Elas permanecem em um abrigo.


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