14/06/2016 às 16h56min - Atualizada em 14/06/2016 às 16h56min

Policiais são libertados e forças de segurança preparam ação em área de conflito

- 94 FM

O comando da Polícia Militar de Caarapó informou à reportagem da 94FM que policiais militares são feitos reféns por índios da Aldeia Te' Ýikuê nesta tarde de terça-feira (14). Eles teriam sido abordados enquanto prestavam socorro a indígenas baleados durante um confronto com produtores rurais nesta manhã.

Até o momento, as informações obtidas pela reportagem indicam que um índio morreu e ao menos seis ficaram feridos – dois em estado grave – por causa de ferimentos a tiros. Eles teriam sido baleados por ruralistas na fazenda Yvu, invadida no domingo (12) por guaranis kaiowá.

Produtores rurais de Caarapó confirmaram à 94FM que nesta manhã um grupo de fazendeiros com aproximadamente 300 pessoas foi até a propriedade com o objetivo de reavê-la. Eles garantem ter conseguido o que pretendiam, mas negam a ocorrência de um confronto.

A PM disse ter sido acionada para socorrer índios feridos nesta manhã. Junto com equipes de resgate do Corpo de Bombeiros, policiais foram até a Aldeia Te' Ýikuê, vizinha da propriedade invadida, onde estavam os indígenas feridos. Ao menos sete foram encaminhados ao Hospital Beneficente São Mateus com ferimentos a bala.

Ainda de acordo com o comando da PM em Caarapó, no trajeto uma viatura teria sido abordada por índios que fizeram os policiais reféns. A situação no local é tensa e equipes de segurança pública de todo Mato Grosso do Sul têm sido direcionadas para conter o clima de conflito.

A fazenda Yvu era propriedade de Sylvio Mendes Amado, que já faleceu. Atualmente, está no nome do marido de uma filha, pecuarista de 54 anos que mora em Campo Grande. Mas seria um filho dele o responsável por cuidar da propriedade.

Essa fazenda foi invadida no domingo pelos índios, que alegam ser os donos da terra. O CIMI (Conselho Indigenista Missionário) argumenta que a área foi demarcada como terra indígena em 2015. Mas até hoje não houve qualquer publicação oficial por parte do governo federal que homologasse a demarcação e eventual desapropriação dos fazendeiros que detêm o título da propriedade.


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